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Planejar bem para expandir

Aquilo que funcionava bem em uma unidade pequena, se tornará um perigo, ‘elefante branco’, se não houver controle, com o aumento da produção

Do Diário do Grande ABC
04/12/2013 | 07:00
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 Para o professor Tharcisio Souza, da Faap (Fundação Alvares Penteado), quem decide a melhor hora para expandir os negócios é o próprio empreendedor, tão logo ele perceba que há volume de demanda que justifique uma expansão. Uma vez tomada essa decisão, existem três formas pelas quais é possível fazer a expansão, como explica o professor de Gestão de Negócios Raul Ribas, da PUC (Pontifícia Universidade Católica): a primeira, de maneira geográfica, em nova unidade onde o empresário continuará a fazer o mesmo produto; a segunda é aproveitar as instalações existentes para vender derivados do produto original; e a terceira, abrir outro negócio, com um produto diferente. “Se a opção for oferecer produto diferenciado, pelo qual o consumidor está disposto a pagar um preço a mais, a escolha da localização da nova unidade vai pesar, pelas preferências do cliente, em termos de local, imagem, segurança e facilidade de acesso. Agora, se o empresário quiser oferecer bom serviço, bom produto, mas sem qualquer diferenciação, então a opção deverá ser por local onde recursos materiais, necessidades de mão de obra e aluguel sejam mais baratos”, complementa o professor Ribas.

Mas, é preciso tomar alguns cuidados, alerta o professor Tharcisio Souza. Se o empresário possui organização e estrutura racional de negócio, que funcione de acordo com algumas regras básicas, é possível aumentar a escala de produção, o número de pessoas empregadas e continuar a manter a racionalidade, os custos sob controle e a produtividade em alta. Contudo, se o empresário não for suficientemente organizado, a opção pode ser fatal para a empresa. “Aquilo que funcionava bem em uma unidade pequena, se tornará um perigo, ‘elefante branco’, se não houver controle”, complementa Souza. Assim, ‘planejar cuidadosamente’ é a tônica que deve prevalecer no momento em que o empresáriodecidir expandir seus negócios.

 ECONOMIZANDO TEMPO E RECURSOS - Recente pesquisa do Fundação Getulio Vargas revela que o empresariado brasileiro dedica até 2.600 horas para resolver as obrigações perante ao Fisco, enquanto na Bolívia, o setor dispende 1.080 horas, e no Vietnã, 941 horas. Para economizar parte deste tempo precioso, o uso da internet tornou-se ferramenta importante e indispensável aos empresários. “Quando a legislação introduziu o sistema automático contábil fiscal e, depois, a Nota Fiscal Eletrônica, fixou também o prazo para que cada grupo de empresas pudesse aderir a essa sistemática; bebidas, automóveis, autopeças, cigarros, medicamentos e assim por diante”, afirma o especialista jurídico Antenor Nogueira da Rocha.

 Hoje taxas e impostos podem ser recolhidos pelo sistema na esfera municipal, como o ISS, TFE, TFF, TFA e o ITBI, entre outros tributos, podem ser pagos pela internet. Além disso, é possível saber qual a situação fiscal da empresa e outras importantes informações, possíveis anteriormente apenas com o deslocamento aos setores correspondentes. Assim, mesmo tendo à disposição diversos recursos tecnológicos, o empresário brasileiro ainda gasta muito tempo para cumprir suas obrigações fiscais, tempo este que poderia ser melhor aproveitado se dedicado ao gerenciamento empresarial e à produção.




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