Após ficar 23% mais barato, o preço do tomate, de uma semana para outra, voltou a salgar o custo das saladas e molhos. O quilo do item passou de R$ 2,88 para R$ 3,63 (alta de 26%) entre os mercados da região.

A oscilação é decorrente do tempo quente e das chuvas, também comuns quando o clima está mais abafado. Por ser muito frágil e perecível, o volume da colheita varia muito, e o preço segue a mesma tendência. Segundo o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá De Benedetto, os itens do grupo de hortifrutigranjeiros, em geral, são assim.

Vale lembrar que o quilo do tomate chegou a custar R$ 15 no Grande ABC entre abril e maio, justamente no período da Páscoa, quando o consumo sobe. A partir de julho, o preço veio em queda.

Além do fruto, outros dos 34 produtos que compõem a cesta encareceram. O quilo do pão francês apresentou alta de 1,79% – atuais R$ 7,39. Há uma semana era de R$ 7,26. O pacote de cinco quilos de arroz também teve ligeiro aumento: passou de R$ 8,73 para R$ 8,75. No caso do pão, a alta em seu custo é devido ao encarecimento do trigo (o País enfrenta dificuldades de obtenção do grão da Argentina). Quanto ao cereal, é uma questão de mercado, já que estamos em período de colheita e a tendência é o valor baixar.

Diante desses aumentos, principalmente nesta semana, o preço total da cesta básica teve reajuste de 0,32%, ou seja, ficou R$ 1,35 mais cara se comparada com levantamento anterior. Desta forma, o conjunto de 34 itens saltou de R$ 419,02 para R$ 420,37.

CONTRAMÃO - Aqueles que forem ao mercado vão notar que os preços das carnes (tanto a vermelha quanto a branca) estão mais baixos – uma contradição, já que com a proximidade das festas de fim de ano a tendência é de alta nos valores. No caso da carne bovina, o corte traseiro sai por R$ 17,26 o quilo (-1,09%) e, o dianteiro, por R$ 10,99 (- 0,36%).

O quilo do frango segue sendo comercializado por R$ 5,15, o mesmo valor do que a semana anterior.

O leite, outro item que chegou a custar em torno de R$ 3, neste ano, agora dá trégua. Nesta semana é encontrado a R$ 2,30 (- 1,71%). “O final do inverno favorece estes itens, fazendo com que, aparentemente, não sofram influência do aumento de demanda, tradicionalmente gerada no fim do ano”, justifica De Benedetto.