Segundo um texto oficial distribuído à imprensa, a Líbia reitera seu compromisso de respeitar todas as convenções internacionais, entre elas o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). Além disso, o documento afirma que o governo vai aceitar qualquer missão de inspeção internacional.
No mesmo documento, apresentado pelo ministro das Relações Exteriores, Abdelrahman Chalgram, a Líbia admite que "durante o período da guerra fria e as tensões que marcaram a região do Oriente Médio, tentou desenvolver suas capacidades defensivas quando não se prestava atenção a seus pedidos para converter o Oriente Médio e a África em zonas isentas de armas de destruição em massa".
A declaração ainda acrescenta, sem dar mais detalhes, que especialistas líbios, americanos e britânicos haviam discutido o assunto e que a parte líbia entregou a seus interlocutores "substâncias, equipes e programas que conduzem à produção de armas de destruição em massa".
Pouco após este anúncio, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, comemorou a decisão. “A Líbia está dando um importante passo para voltar a fazer parte da comunidade internacional”. Porém, o governo americano não anunciou quando poderia retirar as sanções ao país.
Segundo Bush, a decisão líbia justifica a postura defendida por Washington e Londres de convencer, pela diplomacia ou à força, os países que possuem programas de armas de destruição em massa a abandoná-los.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.