Política Titulo Articulação
Vereadores governistas ensaiam formação de grupo independente

Plano de saneamento foi a gota d’água para insatisfação dos parlamentares

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
02/11/2013 | 07:03
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A paz na Câmara de Mauá está com os dias contados. Liderados pelo vereador Chiquinho do Zaíra (PTdoB), outros sete parlamentares ensaiam a formação de um grupo independente no Legislativo mauaense.

Essa é a primeira grande dificuldade que o prefeito Donisete Braga (PT) enfrenta com a Casa – ele tinha maioria favorável: 21 dos 23 pares. O grupo é formado por Sandra Regina (PMDB), Jair da Farmácia, Betão (PTdoB), Eugênio Rufino (PTB), Ricardinho da Enfermagem (PTB), Jotão (PSDB), Betinho da Dragões (PR) e Chiquinho.

A insatisfação dos vereadores atingiu o limite após a apresentação do plano de saneamento. O projeto está na Casa desde o mês passado, mas não é apreciado pelo plenário porque existe resistência de vereadores, que ameaçam votar contra.

A propositura abre brecha para privatização no serviço de água, que atualmente é feito pela autarquia Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá). A questão da coleta de lixo também será modificada.

O secretário de Relações Institucionais e articulador do Paço, Rômulo Fernandes (PT), explicou que a propositura foi encaminhada apenas para regulamentação à lei federal 11.445/07, que trata sobre o saneamento básico.

Na sessão legislativa desta semana, o racha na base ficou evidente. Rômulo havia chamado quatro parlamentares para tentar viabilizar a votação do plano. Os trabalhos foram suspensos e o petista foi surpreendido com os oito pares na sala, que cobravam explicações sobre o assunto.

Fontes ouvidas pelo Diário garantem que os vereadores chegaram a colocar à disposição os cargos que eles têm na administração, pois temem represália. O governo tenta reverter a situação desde quarta-feira, mas ainda não obteve sucesso.
Desde então, foram realizadas duas reuniões entre os oito vereadores para definir posicionamento, tendo em vista as investidas do Paço para conseguir reaver o apoio incondicional.

Os parlamentares do bloco reiteraram que o trabalho do G-8 não é de oposição. “Queremos caminhar junto com o governo. O meu desejo é esse, mas também há desejo dos colegas em debater melhor os projetos para a cidade”, justificou Ricardinho.

Chiquinho negou que esteja articulando o grupo, muito menos que esteja adotando postura mais rebelde em relação ao prefeito e seu primeiro escalão.
 




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