Economia Titulo Protesto
Químicos param fábrica de tintas em Diadema

Cerca de 90% dos 60 funcionários cruzaram os braços por cinco horas; campanha segue

Yara Ferraz
Especial para o Diário
29/10/2013 | 07:07
Compartilhar notícia


O Sindicato dos Químicos do ABC paralisou ontem, durante cinco horas, a empresa Viva Cor Tintas em Diadema. A entidade estima que 90% dos 60 trabalhadores, aproximadamente 54 pessoas, cruzaram os braços pelo período – ou seja, toda a linha de produção.

A principal reivindicação é a normalização dos salários, pois há funcionários registrados em carteira com uma função e desenvolvendo outra diferente. Entre os demais pedidos estão a construção de um restaurante próprio na empresa (hoje eles têm que levar marmitas) e a criação de uma comissão de fábrica.

De acordo com o responsável do sindicato em São Bernardo, Ronaldo de Oliveira, a Viva Cor tem até sexta-feira, dia 1º, para responder aos trabalhadores. “Se tivermos um retorno positivo da empresa, tudo vai seguir normalmente. Caso contrário, vamos agendar outra paralisação”, declarou.


AGENDA - O sindicato continua com ações em função da campanha salarial. Hoje, a entidade realiza assembleias em empresas importantes do setor, como a Akzo Nobel, Basf, Acrilex e Sherwin-Williams – todas localizadas em São Bernardo.

Segundo o diretor do sindicato responsável pela secretaria geral, Sidney Araújo dos Santos, o intuito é “fazer um protesto com os trabalhadores para pressionar os empresários.”

De acordo com o diretor Ronaldo de Oliveira, a principal intenção é chamar a atenção para a campanha. “Vamos fazer um grande ato e procurar atrasar ao máximo a produção dessas empresas. As companhias só querem oferecer o aumento com correção da inflação (5,86%), muito diferente do que pedimos”, declarou.

Oliveira também chamou a atenção para os negociadores da Basf, “Alguns deles, que fazem parte da mesa de negociações, estão criando muitas dificuldades, principalmente nas questões da redução da jornada de trabalho (de 44 para 40 horas semanais) e no aumento da licença maternidade (de 120 para 180 dias)”, disse.

PAUTA - A categoria pede reajuste salarial de 13% (somadas perdas salariais e aumento real). Entre outras reivindicações, estão a redução da jornada de trabalho, com sábados e domingos livres; licença-maternidade de quatro para seis meses; cesta básica gratuita e aumento nos pisos salariais para R$ 1.550 (hoje, a base está em R$ 1.073,60 para empresas com mais de 50 trabalhadores e em R$ 1.056,44 para companhias com até 50 colaboradores).

Amanhã, dia 30, os empresários do setor se reúnem para elaborar uma proposta que deverá ser apresentada aos trabalhadores. Neste dia, a entidade também planeja ações na cidade de Santo André.
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;