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Apesar de votação em assembleia, Quasar não entra em greve

Sindicato se reúne à tarde com empresa para discutir a situação das 100 demissões

Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
29/10/2013 | 07:07
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Nario Barbosa/DGABC


Os funcionários da Quasar, metalúrgica localizada em Mauá, vão ter que esperar mais um pouco pela resposta da empresa. Após cerca de 100 demissões desde janeiro, e dificuldades em pagar o que é devido aos trabalhadores, a autopeças se reúne hoje com o sindicato para tentar resolver esses problemas.

Inicialmente, havia sido votado por unanimidade (aproximadamente 500 funcionários), em assembleia realizada no dia 24, estado de greve caso a empresa não pagasse as demissões até ontem.

Porém, mesmo sem o pagamento ter acontecido, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Firmino da Silva, o Martinha, a Quasar entrou em contato com a entidade, o que brecou o início das paralisações.

“Vamos fazer uma reunião amanhã (hoje), às 15h, para ouvir o que a empresa tem a falar. Vamos também manter a assembleia às 6h com os trabalhadores, mas vamos orientá-los para que eles entrem normalmente e esperem o resultado desse encontro”, declarou.

Martinha também classificou a atitude da fabricante como positiva. “A empresa tomou a decisão de conversar com a gente, o que é bom. Não tem justificativa o não pagamento destes trabalhadores. Como eles dizem que não têm caixa, sendo que o carro, o produto final, está aí pronto?”

Há registros de trabalhadores que alegam ter, em média, R$ 40 mil para receber, em razão da rescisão do contrato. Porém, ao procurarem o RH da fábrica, foram informados de que o valor total seria parcelado em 15 vezes e não assinaram o acordo.

MULTA - De acordo com a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho), quando o funcionário é demitido, a companhia tem até dez dias para pagar o que lhe é devido. Caso isso não aconteça, será aplicada uma multa equivalente ao valor do salário do trabalhador.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá afirmou que o assunto não vai ficar fora da pauta de discussões. “Vamos levantar essa questão com a empresa.”

De acordo com o sindicato, desde que foi tomado conhecimento das demissões, foram feitas ações, como o aviso sobre o assunto para as outras empresas que têm a Quasar como fornecedora.

“Mandamos cartas informando o que estava acontecendo com esses trabalhadores, e como os cortes não tinham justificativas. Acredito que isso também tenha pressionado a Quasar a se reunir com o sindicato”, declarou Martinha.
A metalúrgica fornece, principalmente, pedais de veículos para montadoras da região, entre outros itens.
 




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