Política Titulo Carteira Aberta
Voto custará mais caro
para eleitos em 2014

Em 2010, deputados estaduais e federais eleitos
na região gastaram, em média, R$ 11,70 por adesão

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
20/10/2013 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


Para conquistar cadeira na Câmara Federal ou na Assembleia Legislativa ano que vem, os candidatos do Grande ABC deverão gastar mais na campanha eleitoral do que os parlamentares eleitos em 2010, seguindo tendência de acréscimo de despesa vista entre os pleitos de 2006 e de três anos atrás.

Na eleição de 2010, cada voto conquistado pela bancada da região – levando em consideração quantias de eleitos ao Congresso e ao Legislativo paulista – custou R$ 11,70, em média. Valor 90,2% superior ao efetuado quatro anos antes, quando cada sufrágio valeu R$ 6,15.

Segundo o professor da Universidade Metodista Kleber Carrilho, especialista em marketing político, políticos terão de abrir ainda mais a carteira na campanha porque, no ano que vem, a internet estará mais presente no dia a dia do candidato. “A construção de um site ou o gerenciamento de mídias exige mão de obra especializada e isso deve elevar os custos (da empreitada).”

O uso de redes sociais para difundir as candidaturas virou mote de muitas campanhas em 2010, quando os principais concorrentes à Presidência da República aproveitaram a ferramenta para dialogar diretamente com o eleitor. Em 2012, na eleição municipal, foram raros os postulantes – até à Câmara de Vereadores – que abdicaram da web.

CAMPEÕES DE GASTOS

Entre os 12 eleitos do Grande ABC, considerando deputados federais e estaduais, Regina Gonçalves (PV), de Diadema, foi quem mais gastou por voto conquistado. A ex-vereadora diademense despendeu R$ 19,44 por uma adesão – desembolsou R$ 731,6 mil para obter 37.618 sufrágios (veja quadro completo ao lado). Ela ficou na primeira suplência do PV, mas foi alçada à Assembleia após o deputado Edson Giriboni (PV) aceitar convite para liderar a Secretaria do Estado de Recursos Hídricos.

Outro diademense está na segunda colocação desta lista: o ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT). Cada um dos 149.525 votos do hoje secretário de Saúde da Capital consumiu R$ 18,82 – ao todo, o petista, que era tesoureiro da campanha à Presidência de Dilma Rousseff (PT), registrou despesa de R$ 2,8 milhões.

O mais econômico foi Alex Manente (PPS), de São Bernardo. O popular-socialista investiu R$ 1,50 por voto: gastou R$ 172,7 mil na campanha e obteve 114.714 votos. Ele foi seguido por José Bittencourt (PSD), de Santo André, que despendeu R$ 2,02 por sufrágio.




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