Economia Titulo Campanha salarial
Químicos se preparam para mobilizações na região

Categoria tem a intenção de cancelar a segunda reunião,
de três, com os empresários

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
17/10/2013 | 07:08
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Depois de quase quatro horas de reunião com o sindicato patronal, os químicos decidiram que serão necessárias mobilizações para reforçar a campanha salarial. Ontem, discutindo apenas cláusulas sociais, não houve acordos entre as partes. Na segunda-feira, os sindicatos que representam a categoria no Estado de São Paulo pretendem apresentar o calendário das reivindicações nas fábricas.

O calendário inicial de negociações previa três encontros: ontem, 23 e 31. Mas, como o resultado do primeiro encontro não foi favorável, os químicos pretendem adiar o debate de quarta-feira que vem e reforçar a campanha salarial com paralisações pontuais, de até três horas, ou greves em determinadas empresas.

“Foi uma negociação muito difícil”, garantiu o diretor do Sindicato dos Químicos do ABC e coordenador da Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT do Estado de São Paulo), Raimundo Suzart.

Como um dos coordenadores da mesa, Suzart relatou que três cláusulas sociais foram colocadas, mas que nenhuma teve aval dos patrões. Foram elas a licença-maternidade de 180 dias, redução da jornada de trabalho semanal de 44 para 40 horas e cesta básica gratuita para os trabalhadores.

“Eles explicaram ainda que só discutirão as cláusulas econômicas no dia 31. Afirmaram que terão uma assembleia com os empresários, no dia 30, para fechar esse tema”, disse Suzart.

A categoria luta para atingir reajuste de 13% nos salários. Outra das principais reivindicações é a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 2.860.

A base do Sindicato dos Químicos do ABC é de 40 mil trabalhadores. Desse número, 2.000, que são do segmento farmacêutico, tiveram seus acordos fechados em abril.

Portanto, nesta campanha salarial, cuja a data base é o dia 1º de novembro, os pagamentos, direitos e beneficícios de 38 mil empregados estão em jogo.

PARALISAÇÕES - Suzart destacou que, pelo teor da reunião de ontem, não haverá outra forma de negociar com os empresários e chegar a propostas favoráveis à categoria sem paralisações.

“Nós pretendemos realizar esse movimento segmentado. Um dia será apenas com as empresas do setor dos cosméticos. No outro, vamos reforçar o trabalho no segmento de tintas. E assim por diante”, explicou o sindicalista.




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