Ex-prefeito andreense mede linha de corte inferior para se eleger na nova sigla
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O ex-prefeito de Santo André Aidan Ravin assinou ontem a ficha de desfiliação do PTB para ingressar no PSB. Ele se reuniu na quarta-feira com o presidente nacional do diretório socialista, Eduardo Campos, em São Paulo, e acertou a migração que, teoricamente, daria condições mais favoráveis na eleição de 2014, quando pretende candidatar-se a deputado. Aidan mediu a linha de corte inferior no PSB. Independentemente da disputa, são mais de 45 mil votos de diferença contabilizando como base o pleito de 2010.
A proposta seria lançar Aidan na disputa para a Câmara Federal dentro da chapa proporcional que deve contar com Luíza Erundina, que angariou 214 mil votos, e Caio França, filho do mandatário estadual socialista, Márcio França, com 172 mil sufrágios. O dirigente socialista pleiteia ser vice no projeto de reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). A concretização da parceria geraria estrutura para a empreitada do PSB. Em contrapartida, a sigla teve baixa significativa: a saída do puxador de votos Gabriel Chalita, que teve 560 mil.
Pelo PSB, em 2010, Abelardo Camarinha foi o último eleito ao conquistar cadeira no Congresso Nacional com 71 mil votos. No mesmo partido, Bolçone amealhou 31,2 mil sufrágios para a Assembleia Legislativa, posto desejado, a princípio, por Aidan. Já no PTB a linha de corte é bem superior. Nelson Marquezelli se elegeu à vaga em Brasília pela sigla ao obter 117,6 mil votos, enquanto Heroílma Tavares passou na rebarba, quando afiançou 80,8 mil como deputada estadual.
O projeto político alinhado com o PSB passa por tornar o ex-prefeito liderança para atingir o eleitorado do Grande ABC dentro do plano nacional de manter-se na oposição ao PT, principalmente com a candidatura de Campos à Presidência da República. Para o front eleitoral, existe promessa de suporte para a campanha e que Aidan seria coordenador regional do partido e das candidaturas majoritárias aos palácios do Bandeirantes e do Planalto.
A situação só não será sacramentada caso Aidan recue na decisão. Ele demonstrava insatisfação com o PTB, especialmente com a falta de reconhecimento e, consequentemente, espaço no governo do Estado, assim como tiveram outros petebistas da região, após sair do comando da Prefeitura. Ele estava filiado ao partido desde 2007, quando saiu do PPS para concorrer à vaga de chefe do Executivo de Santo André.
Aidan não foi localizado para comentar o assunto.
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