Economia Titulo Paralisação
Funcionários dos bancos vão ao quarto dia de greve

Sindicato informa que aguarda contraproposta da federação das instituições financeiras

Pedro Souza
do Diário do Grande ABC
24/09/2013 | 07:07
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Os bancários seguirão, hoje, para o quarto dia útil de paralisações nas agências. Eles aguardam nova proposta dos bancos para o reajuste salarial. Ontem, no Grande ABC, 147 unidades das instituições financeiras estavam com as portas fechadas. Segundo o Sindicato dos Bancários do Grande ABC, 1.935 trabalhadores cruzaram os braços.

O presidente da entidade, Eric Nilson, reafirmou ontem que a estratégia da categoria é ampliar, a cada dia, o número de agências que farão parte da greve. No entanto, ele preferiu não estimar quantas ficarão fechadas hoje. No primeiro dia de greve, na quinta-feira, 108 estavam sem atividade. Na sexta-feira, o número saltou para 132. A categoria soma, na região, 7.300 trabalhadores em 450 agências.

Nilson destacou ainda que aqueles consumidores que encontraram agências abertas nos shoppings podem se decepcionar hoje. Segundo o sindicalista, ontem apenas o Shopping Metrópole, em São Bernardo, teve as agências fechadas. “Nosso objetivo é fechar cada vez mais”, destacou.

NEGOCIAÇÕES - As negociações, de responsabilidade da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – Central Única dos Trabalhadores), são pelo acordo coletivo no País. Por isso, 9.015 agências e centros administrativos estavam fechados ontem, alta de 23,8% sobre as 7.282 unidades paralisadas da sexta-feira. Na quinta-feira, início da greve, eram 6.145.

A principal reivindicação é o reajuste salarial de 11,93%, percentual formado por reposição inflacionária mais 5% de alta real. A Fenaban (Federação Nacional de Bancos), responsável pelas instituições financeiras nas negociações, propôs 6,1%, percentual rejeitado pelos trabalhadores. “Eles dizem que estão abertos à negociação. Mas que devem dar outra proposta”, disse Nilson.

A Fenaban mantém o posicionamento de que respeita “o direito à greve, entretanto, fará tudo que for necessário e legalmente cabível para garantir o acesso da população e funcionários aos estabelecimentos bancários”.
 




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