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Greve começa com
8.000 metalúrgicos

Por 2% de alta nos salários, o sindicato para por 24
horas empresas em S.Bernardo, Diadema e Ribeirão

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
18/09/2013 | 07:01
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Orlando Filho/DGABC


A greve começou em 15 empresas de São Bernardo, Diadema e Ribeirão Pires. Segundo os cálculos do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, cerca de 8.000 trabalhadores cruzam os braços por 24 horas hoje. Tudo isso para pressionar os patrões a colocarem nas mesas de negociações propostas de reajuste salarial mais favorável à categoria.

A data base da campanha salarial dos metalúrgicos foi no dia 1º de setembro. Eles pedem, no mínimo, reposição da inflação mais aumento real de 2% nos salários. E querem que esses incrementos ocorram por meio de acordo coletivo negociado entre os sindicatos patronais e a FEM/CUT-SP (Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores no Estado de São Paulo).

As melhores propostas até ontem, como a de 1,5% de reajuste acima da inflação para pagamento no ano que vem, foram rejeitadas. Mesmo com as paralisações, como divulgou ontem o Diário, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) informou que as negociações prosseguem. Amanhã, haverá reunião entre a FEM/CUT-SP e o Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos) na sede do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores).

ASSEMBLEIA - Como estratégia, o sindicato não revelou quais são as 15 empresas que terão paralisações de 24 horas hoje. No entanto, destacou que as principais em Diadema são a TRW, MetalTork e Autometal, com cerca de 1.800 trabalhadores mobilizados a partir da 6h.

Em São Bernardo, completam a lista das prioritárias a Magna Cosma, Fiann e Sogef, com aproximadamente 1.200 metalúrgicos, que acompanharão os direcionamentos da entidade, em assembleia, às 7h.

Seguindo o cronograma, amanhã não haverá mobilizações na região, garantiu Marques. Ele explicou que será um dia de reuniões, tanto para acompanhar os resultados da negociação do Grupo 3 com a FEM/CUT-SP quanto para traçar as estratégias para a próxima semana.

Na sexta-feira, mais um grupo de empresas terá as atividades do chão de fábricas brecadas por 24 horas. Marques não revelou quais companhias estão na lista. “Mas o número de trabalhadores será menor do que no de amanhã (hoje), que é a principal mobilização”, destacou o sindicalista.

Entre os dias 6 e 16 o sindicato paralisou, por até quatro horas, as atividades de 48 empresas, o que representou a mobilização de, aproximadamente, 18 mil metalúrgicos.




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