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Desafio estimula alunos na escrita

Unidades que participam pela primeira vez neste ano destacam benefícios da prova

Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
18/09/2013 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O Desafio de Redação é visto por educadores como estímulo para que alunos escrevam mais e melhor. Neste ano, oito escolas participam pela primeira vez do concurso e garantem que ele ajuda os estudantes a se desenvolverem como pessoas e profissionais.

Uma delas é a EE Mario Franciscon, no bairro dos Casa, em São Bernardo. Conforme o vice-diretor Luiz Carlos Saranz, é importante estimular a produção literária dos alunos. “Achei o tema bastante interessante porque esse é o momento de refletir sobre o futuro: quando se é jovem. Afinal, são eles que vão fazer as mudanças mais para a frente.” A escola tem 1.700 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio, além da EJA (Educação de Jovens e Adultos).

A EE Jardim Riviera, no Parque Miami, em Santo André, interessou-se em participar do concurso porque ele vai de encontro à proposta curricular da escola, de ensino integral. “Estimulamos nossos alunos a participarem de avaliações externas. É muito fácil ser avaliado por um professor que te acompanha diariamente, mas o estudante precisa estar habituado também a enfrentar desafios de fora da escola”, destaca a coordenadora da área de linguagem e professora de inglês, Virlei Marques Loureiro.

Conforme Virlei, os 220 estudantes do Ensino Médio da escola estão habituados a participar das provas. “Eles fazem simulados em sala de aula e são treinados em todas as matérias, inclusive na redação, que é muito importante para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e os vestibulares.”

A diretora pedagógica do Instituto de Ensino Portinari (unidade 2), em Santo André, Rosemeire Martins dos Santos Martins, destaca que a escola tem como uma das propostas educacionais estimular o empenho na leitura e na escrita. “A escrita é essencial e está cada vez mais defasada com o uso das redes sociais, onde os jovens abreviam tudo de forma errada e criam códigos. Estamos na luta para eliminar essa linguagem paralela e incentivar a escrita limpa, compreensível.”

No total, 475 alunos do 6º ao 9º ano participaram das provas na sexta-feira. “Eles estão empolgados e esse tipo de incentivo é bom. Não é só pelo prêmio, mas eles se esforçaram também para levar o próprio nome e o nome da escola ao topo”, garante Rosemeire.

Escola discute futuro profissional

A EE Professora Therezinha Sartori, na Vila Noemia, em Mauá, foi uma das participantes de ontem do Desafio de Redação, com o tema 2020: O que eu posso fazer para mudar o meu mundo?

Segundo a professora de Português Rita de Cássia Fiacadori, os alunos foram preparados. “O que deu para perceber é que estavam pensando no futuro profissional.”

“Quero ser professor de Educação Física. É o sonho da minha mãe, e quero dar o diploma para ela”, disse o estudante do 7º ano Marcelo Rodrigues da Conceição Júnior. Marcelo escreveu poesia que diz que as crianças são a esperança para um mundo melhor.

Já a estudante Isabelle Márcia da Silva, também do 7º ano, acredita que é preciso mais tecnologia. “Dá para mudar a Saúde, o meio ambiente, todas as áreas”, disse, e completou: “Quero me formar em Ciência da Computação.”

Na escola, a prova tem um significado diferente para os alunos. Segundo a diretora Rita de Fátima Solo, é um incentivo. “Ganhamos a primeira edição do Desafio e, por isso, aqui os alunos se dedicam ainda mais.”

“Gosto de pensar em novas ideias, de mudar, de renovar. Por isso, quero fazer arquitetura”, disse Lucas Tofic Messias, do 6º ano da EE Visconde de Mauá, que também participou das provas ontem.

O Desafio de Redação é promovido pelo Diário, correalizado pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano), patrocinado pela Petrobras e com apoio da Ecovias. A melhor redação entre os alunos do último ano do Ensino Médio será premiada com bolsa de estudos na USCS. As provas vão até o dia 26. (Guilherme Monfardini) 




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