Política Titulo Alto custo
Marinho paga R$ 3,5 mi
a servidores emprestados

São 92 funcionários concursados do Paço de
São Bernardo cedidos para outras repartições

Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
16/09/2013 | 07:50
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Nario Barbosa/DGABC


 O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), destina R$ 3,5 milhões por ano para manter servidores concursados do Paço em outras repartições públicas não vinculadas ao Executivo local. Os dados foram obtidos via Lei de Acesso à Informação.

São 92 funcionários – 90 da Prefeitura e dois da autarquia Imasf (Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo) – que mantêm contracheques vinculados à administração municipal mesmo atuando em outros locais, como cartórios eleitorais, delegacias, Fórum, Assembleia Legislativa ou entidades sindicais. Caso de Giovanni Chagas, licenciado por ser presidente do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) da cidade.

Ao todo, 0,46% da despesa com pessoal da gestão Marinho é destinada a salários de trabalhadores públicos que não estão na Prefeitura. Segundo dados do relatório financeiro do Paço de 2012, divulgado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), o governo petista despende R$ 764,6 milhões com funcionalismo – 32,71% do total da arrecadação líquida do Executivo.

Como comparação, o prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), paga R$ 110,4 mil anuais para manter dez servidores concursados do Paço em outras repartições. No município gerido pelo tucano há funcionários cedidos ao cartório eleitoral, vara do trabalho, delegacia e Fórum.

Na cidade do tucano, a folha de pagamento é de R$ 14,4 milhões por ano. Significa dizer que, os gastos com trabalhadores emprestados do Paço de São Bernardo representam 24,3% do total investido no funcionalismo de Rio Grande.

O pagamento de vencimentos a servidores públicos que não atuam em sua prefeitura de origem se transformou em polêmica em Santo André, quando o ex-prefeito e médico concursado Aidan Ravin (PTB) solicitou o benefício junto ao prefeito Carlos Grana (PT) para trabalhar no gabinete do deputado estadual Edson Ferrarini (PTB), na Assembleia Legislativa.

A administração petista chegou a conceder o requerimento, com publicação no Diário Oficial. A repercussão fez com que Aidan recuasse e Grana revogasse a portaria. A novela só se encerrou quando o petebista aceitou ser transferido do PA (Pronto Atendimento) da Vila Luzita – seu reduto eleitoral – para o PA Central. O plano inicial do secretário de Saúde, Homero Nepomuceno Duarte (PT), era encaminhar Aidan para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) Sacadura Cabral.




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