Economia Titulo Paralisação
Funcionários da Scania
entram em greve por PLR

Montadora de caminhões em São Bernardo propôs
alterar cálculo do benefício, mas enfrentou rejeição

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
14/09/2013 | 07:10
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André Henriques/DGABC


A produção da montadora de caminhões Scania, em São Bernardo, será paralisada na segunda-feira. A empresa propôs, em discussão com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, novo modelo de cálculo da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), mas os trabalhadores rejeitaram, ontem, em assembleia realizada às 16h. Em seguida, votaram pela greve.

“O problema aqui é especificamente a PLR”, definiu o presidente da entidade, Rafael Marques, após comandar a assembleia. Ele explicou que as demais reivindicações da pauta, individual com a montadora, estão de acordo com os anseios dos trabalhadores. É o caso do reajuste salarial. “Eles ofereceram a inflação mais 2% de aumento real.”

A montadora quer acrescentar novo fator, relacionado à produção, no cálculo da PLR. Marques explicou que, desta maneira, um resultado inferior na fabricação da empresa diminuiria consideravelmente o benefício. Por outro lado, porém, não haveria elevação expressiva no pagamento com um grande incremento no número de unidades produzidas caso a metodologia antiga fosse mantida. O sindicato pleiteia a manutenção do cálculo da campanha de 2012, que garantiu uma PLR de, aproximadamente, R$ 11 mil para cada um dos 4.000 metalúrgicos da planta fabril.

Por nota, a Scania disse que continua aberta para conversas. “A empresa entende que a proposta apresentada está acima dos valores pagos na região e assegura maior estabilidade para os trabalhadores e sustentabilidade para a produção no Brasil.”

PRESSÃO - Ontem, pelo acordo coletivo discutido entre FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores) e os sindicatos patronais, a entidade realizou assembleias na B.Grob e Zema, em São Bernardo, e na Quimis, Isringhausen Industrial, Lisanfree, Belden e Papaiz, em Diadema.

Na segunda-feira, estão previstas assembleias na Panex, em São Bernardo, na Ouro Fino e na Inoxtubos, em Ribeirão Pires, e na Ifer e Resil, em Diadema. Segundo Marques, a ideia é continuar pressionando empresários em busca de um acordo favorável à categoria, de reajuste real de 2%. Terça é o prazo para que haja acordo, senão, haverá greve.

Metalúrgicos de Santo André e Mauá lançam pauta oficialmente

O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá lança hoje, oficialmente, a campanha salarial 2013 na sede da entidade, em Santo André, às 10h. A expectativa da categoria é atingir reajuste superior ao do ano passado, que foi de reposição da inflação mais aumento real de 3%. A data base é no dia 1º de novembro.

Por estratégia, tendo em vista as dificuldades que outras categorias têm enfrentado nas suas campanhas, o sindicato não revela o percentual salarial reivindicado, explicou o secretário-geral da entidade, Sivaldo Silva Pereira, o Espirro. “Mas esperamos mais do que em 2012.”

Na segunda-feira, ao lado de outros sindicatos da central Força Sindical, os metalúrgicos de Santo André e Mauá entregarão a pauta para a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
 




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