As caminhadas em Defesa da Liberdade Religiosa começaram em 2008, quando um grupo de fiéis da umbanda e do candomblé foi expulso de uma favela na Ilha do Governador, zona norte do Rio, por traficantes convertidos a religiões evangélicas neopentecostais. "Vivemos em um Estado laico. Não se pode admitir que uma crença ou religião mostre-se como a melhor e demonize as demais. Isso é fascismo", diz Ivanir dos Santos, membro da CCIR.
No início deste mês, representantes da comissão denunciaram ao Ministério Público casos semelhantes de perseguição a fiéis de religiões afro em favelas dominadas pelo tráfico nos bairros de Vaz Lobo e Vicente de Carvalho, também na zona norte. Terreiros estariam sendo invadidos e seus frequentadores ameaçados por vestirem roupas brancas. Mais uma vez, os agressores seriam traficantes que seguem outras religiões.
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