Quem acompanha as notícias sabe sobre o ataque químico que matou mais de 1.400 pessoas na Síria em 21 de agosto. Mas por que isso aconteceu? É que o país vive guerra civil, que começou em 2011 com série de protestos populares contra o presidente Bashar al-Assad. O povo está insatisfeito com o governo, que rege o país há mais de 30 anos, e pede democracia. No entanto, os dirigentes combatem os manifestantes como se fossem terroristas, que desejam desestabilizar o país.

Para Marcus Vinicius de Freitas, coordenador do curso de Relações Internacionais da Faap, a Primavera Árabe (onda de protestos que começou em 2010 no Oriente Médio e Norte da África) foi forte influência. “Entenderam que o sistema atual não é viável e iniciaram as manifestações. Mas encontraram resistência e exército forte.” Até agora, o confronto resultou em cerca de 110 mil mortes, sendo que mais de 5.000 eram crianças.

Acredita-se que o próprio governo foi o autor do último ataque, o químico. “Nesse processo de reprimir a oposição, alguns dos líderes ditatoriais não têm noção do que deve ser preservado em matéria de direitos humanos.” Agora, os Estados Unidos desejam atacar a Síria, mas países como China e Rússia não apoiam. Segundo Marcus, conflitos como esse foram responsáveis pela Primeira e Segunda Guerras Mundiais. Porém, ele não acredita que seja o início da Terceira.