Lazari lembrou que, com a elevação da Selic de 8,5% para 9,0% ao ano, a poupança volta a ter uma remuneração mais alta, de 0,5% ao mês mais Taxa Referencial (TR), o equivalente a 6,17% ao ano. Isso poderia encarecer o crédito imobiliário, cuja principal fonte de recursos são as cadernetas de poupança. "Isso poderia implicar em taxa de juros mais alta para o crédito imobiliário numa visão simplista, mas há muitas nuances", ponderou o executivo.
Segundo o presidente da Abecip, há uma forte concorrência dos bancos pelas carteiras de crédito imobiliário, tendo em vista a baixa inadimplência desse segmento e a fidelização dos clientes por um longo período. Os financiamentos para aquisição de imóveis podem ser amortizados em até 25 anos a 30 anos.
"Por esses fatores, entendemos que seja muito difícil uma alta generalizada (nos juros dos financiamentos imobiliários). Talvez ocorra alguma alta pontual de até 0,5% neste ano. O mercado tem bons indicadores e a competição está acirrada", observou.
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