Foram 85 homicídios na cidade em julho, diminuição de 7,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. No Estado, ocorreram 313 assassinatos, queda de 10,1%. Na cidade e no Estado, foi o mês de julho com menos homicídios dos últimos 12 anos. Os latrocínios tiveram leve queda na capital (-8,3%) e Grande São Paulo (-13,6%) e se mantiveram estáveis no Estado. Os casos de roubo subiram 18,4% na capital, com 11.382 ocorrências em julho, o que significa 15 casos por hora. No Estado, houve 22.954 roubos - aumento de 14,5%.
As próprias autoridades não parecem conseguir uma resposta satisfatória para explicar as razões de a política de segurança pública conseguir reduzir crimes contra a pessoa e não diminuir os crimes contra o patrimônio. "Há uma série de fatores que influenciam a criminalidade. A existência dos desmanches, por exemplo, é um caso. Há um projeto de lei para fechar os desmanches. Se a solução for bem equacionada, contribuirá para reduzir furtos e roubos de veículos. A investigação também é relevante, quando prendemos uma quadrilha envolvida em diversos crimes", disse o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.
Em relação aos homicídios, Grella ponderou que o segundo semestre do ano passado foi um ano atípico. No primeiro, houve relativa tranquilidade e taxas baixas de crime. A situação degringolou em junho do ano passado, quando se intensificaram os conflitos que provocaram mortes de policiais militares, ordenadas por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Diversos homicídios e chacinas ocorriam nas horas que se seguiam a esses crimes contra policiais.
Esse seria o motivo para que o acumulado dos crimes nos primeiros sete meses deste ano fosse maior do que no mesmo período do ano passado. Os homicídios na capital, por exemplo, ainda acumulam aumento de 3,2% nos primeiros sete meses. "A tendência de queda deve se confirmar e registrar redução de homicídios até o final do ano", diz o secretário.
Grella afirmou ainda que a demora na redução dos casos de crime contra o patrimônio se deve também ao ritmo das "mudanças estruturantes" que ele está fazendo na secretaria. Para melhorar a fiscalização, o secretário busca quatro áreas para servir como pátios para veículos apreendidos. O objetivo principal é ampliar espaço para a realização de operações de apreensão de motos, veículo que costuma estar associado aos crimes no Estado.
Mais presos
As autoridades também comemoraram o recorde de prisões em julho, a maior quantidade dos últimos 11 anos - 13.115 ocorrências. Em compensação, a apreensão de drogas diminuiu 16,6% na capital e 11% na Grande São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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