A fase ruim do São Paulo em campo também é estendida aos bastidores do clube. Conselheiros buscam explicações do presidente Juvenal Juvêncio sobre a forte ligação do clube com o empresário de jogadores Eduardo Uram, ex-engenheiro que vendia óculos e relógios antes de migrar para o futebol profissional. 

Dez atletas do elenco pertencem a Uram: Juan, Cortez, Thiago Carleto, Edson Silva, João Fillipe, Maicon, Aloísio, além dos recém-chegados Antônio Carlos, Roger Carvalho e Welliton.

E esse alto número de atletas do empresário preocupa os dirigentes, já que o Tricolor tem deixado de apostar nas categorias de base, uma de suas principais vitrines nas últimas décadas. A queixa dos cartolas é que os jovens jogadores não têm mais oportunidade de começar a carreira no clube.

Essa não é a primeira vez que Uram exerce poder em um clube. No Flamengo, em 2006, ele tinha 16 jogadores. Mas foi no Figueirense que ele bateu o recorde: 21 atletas.

Juvenal Juvêncio ignora os questionamentos e segue reforçando a equipe da maneira que considera ideal. O dirigente foi internado na manhã de ontem no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para a realização de exames clínicos.

A assessoria de imprensa do hospital não se posicionou sobre o assunto, mas foi apurado que o dirigente passará por bateria de testes após apresentar sintomas de fadiga e estresse. Ele deveria passar a noite no hospital para ser avaliado por período maior, mas a princípio o quadro é estável.