As questões econômicas ficaram de fora do debate entre a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), o Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e Região de Sorocaba), sindicatos filiados e a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), na terça-feira. Na ocasião, as partes discutiram as cláusulas 16 e 17 da pauta de reivindicações da categoria, que tratam do trabalho aos sábados e feriados e da gratificação de motorizados, respectivamente.

Os representantes dos Correios esclareceram que não existe possibilidade de extinção do trabalho aos sábados. Lembraram também que o modelo adotado pela ECT é o que garante a agilidade das entregas. Já sobre a proposta referente à incorporação da função de motorizado, a comissão dos Correios esclareceu que seria inviável, devido ao impacto financeiro, mas informou que levaria para análise a questão do recebimento do adicional de 30% pelo motorista.

“Ficou visível que a ECT não tem nenhuma intenção de negociar. Estão apenas cumprindo um calendário oficial, e não resolver os problemas, efetivamente”, pontua a Fentect.

Entre as reivindicações estão o reajuste do piso salarial em 10%, aproximadamente; reposição da inflação do período ( ICV-Dieese – projeção em 7,13%); aumento real de 6% e vale-alimentação no valor de R$ 35/dia (hoje em R$ 26,50, na região).

Com data base em 31 de julho, a categoria é formada por 120 mil trabalhadores no País, desse total, 1.500 funcionários estão empregados, de forma direta, nas 35 unidades dos Correios no Grande ABC.