Economia Titulo Ensino privado
Escolas da região têm menor inadimplência do Estado

Em julho, índice ficou em 4,79%; volume de calotes tem crescido desde março, quando taxa era 3,56%

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
22/08/2013 | 07:05
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O índice de inadimplência entre as escolas particulares instaladas no Grande ABC é o menor quando comparado às demais cidades do Estado de São Paulo. No mês de julho, a média paulista foi de 8,05% e, na região, a taxa para o período foi de 4,79%. Se comparado com outros municípios, como São Paulo (10,4%) e Sorocaba (9,92%), a diferença é ainda maior.

“É comum, no mês de férias escolares, os pais irem viajar com os filhos e se esquecerem de pagar a mensalidade. Além disso, o índice no Grande ABC está muito bom, já que ficou abaixo dos 5% (o máximo que uma escola consegue suportar sem prejudicar muito o planejamento orçamentário)”, explica o presidente do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), Benjamin Ribeiro da Silva.

Apesar de a taxa estar melhor que a média do Estado, a inadimplência tem crescido nas sete cidades. No primeiro mês do ano é comum os calotes aumentarem, já que há muitos impostos a serem pagos e as despesas escolares crescem, como gastos com material escolar e taxa de matrícula. Em fevereiro e março o índice diminuiu um pouco e, em abril, voltou a subir. Isso se deve, em grande parte, ao endividamento das famílias, que tomaram muito crédito no ano passado e, agora, estão pagando prestações.

A proprietária da escola de Educação Infantil Estímulo, de Santo André, Paula Chiconi Cozza Rosa, atesta que, em alguns casos, pagar a escola das crianças fica pesado para os pais que perdem, em parte, o controle financeiro. “Como a criança tem o direito garantido de frequentar a instituição, mesmo que inadimplente, durante o ano, os pais optam por pagar as dívidas que têm maiores juros, ou que podem acarretar alguma consequência. A escola, de qualquer maneira, sempre estará disposta a negociar.”

Mesmo com esse cenário, a proprietária da instituição diz que a inadimplência na região ainda é baixa. No ano passado, de 190 alunos, apenas dois saíram do estabelecimento de ensino com pendências financeiras, conta Paula. “Se as famílias esquecem de pagar a mensalidade, como é comum em julho devido às férias, logo normalizam a situação.” 




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