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Marinho diz que crítica de Saulo Benevides a Consórcio é conversa fiada

Presidente da entidade regional responde prefeito de Ribeirão, que atacou o PT

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
21/08/2013 | 07:53
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Nario Barbosa/DGABC


O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), rebateu as críticas do chefe do Executivo de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, presidido pelo petista. O peemedebista sugeriu que a entidade regional está aparelhada política e partidariamente. Marinho rebateu novamente o peemedebista. “Quem disse que (o Consórcio) é do PT? O (vice-presidente do colegiado e prefeito de Diadema pelo PV) Lauro Michels é do PT? O Maranhão é do PT? Que conversa fiada é essa. Isso é inaceitável por parte dele”, retrucou Marinho.

Saulo reclamou por seu município não ter sido beneficiado diretamente pelos investimentos de R$ 2,1 bilhões à região, via PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) em Mobilidade Urbana, Habitação e infraestrutura em áreas de encostas e favelas, anunciadas na segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff (PT), durante evento em São Bernardo.
O peemedebista alegou que prefeituras administradas pelo PT ganharam quase R$ 1 bilhão em recursos, mas cidades comandadas por outras siglas não tiveram quase nada.

Comenta-se que Saulo e sua equipe não formularam projetos para receber recursos e jogou a culpa no Consórcio. Um dos que defendem essa tese é o ex-prefeito Clóvis Volpi (PTB), que afirmou que a equipe do adversário ou não sabia que tinha de elaborar projeto ou não soube executá-lo, reascendendo a rivalidade entre ambos.

Marinho classificou a posição de Saulo como lamentável. “Não quero pela imprensa criar problema e piorar a situação do meu amigo Saulo. Mas, se fosse por questão partidária, o (prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel) Maranhão, que é do PSDB, não estaria (entre os contemplados)”, retrucou o petista. Rio Grande receberá aporte de R$ 41 milhões para Mobilidade Urbana.

Durante reunião que antecedeu a solenidade oficial no Paço de São Bernardo, Saulo ficou indignado ao saber que Ribeirão não iria receber verbas federais. Comenta-se que o peemedebista ameaçou sair do gabinete de Marinho ao ouvir da chefe da Nação que a cidade receberia apenas recursos para o corredor de ônibus na ligação Sudeste, que apenas passará pela cidade.

O comandante do Consórcio Intermunicipal disse que o pacote de investimentos de Dilma foi baseado em projetos apresentados anteriormente ao colegiado pelas prefeituras, e que Ribeirão Pires não havia solicitado verba.

Saulo garantiu ter protocolado projeto – um viaduto ligando a Avenida Santo André à Avenida Humberto de Campos –, mas, segundo ele, técnicos do Consórcio tiraram a proposta do pacote encaminhado a Dilma. “Consórcio não é só do PT, tem de ter divisão proporcional”, avaliou.

O comandante do Paço são-bernardense atribuiu a negativa de investimentos imediatos a Ribeirão à falta de planejamento de gestões anteriores. “O problema é que os seus antecessores não deixaram projetos. Então ele tem de reclamar com eles e não de mim ou do Consórcio. Mas, se depender de mim, ele está perdoado. Vamos seguir em frente”, disse Marinho.
 




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