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Desafio entre combustíveis

Rally da Economia mostra que GNV é mais em conta, mas ainda peca no quesito rentabilidade

Lukas Kenji
Do Diário do Grande ABC
15/08/2013 | 10:22
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Divulgação


Três carros do mesmo modelo: Chevrolet Spin 1.8. Cada um bebendo um combustível diferente entre etanol, gasolina e gás natural. Todos rodaram 382 quilômetros partindo em roteiro que teve início e fim no Centro da Capital, com paradas em São José dos Campos e Campinas. O desafio? Apresentar o custo-benefício do GNV.

O evento, chamado de Rally da Economia, mostrou que o composto de hidrocarbonetos foi 45% mais em conta do que a gasolina, uma vez que teve custo de R$ 0,109 por quilômetro rodado, enquanto o derivado do petróleo aferiu R$ 0,199. Na comparação com o etanol (R$ 0,185), a eficiência foi de 41%. 

“O custo-benefício do GNV foi incrementado em sua quinta geração de cilindros. Eles possuem tecnologia semelhante à da injeção eletrônica”, explica o gerente de marketing da Comgás, organizadora do evento e detentora da concessão de GNV na região metropolitana de São Paulo, Ricardo Vallejo.

Os veículos foram guiados por taxistas em trajeto feito em comboio, que misturou trechos urbanos e rodoviários. Houve quatro paradas para abastecimento, sendo que o custo médio da gasolina foi de R$ 2,61, enquanto o valor do etanol registrou R$ 1,72 e o GNV, R$ 1,63.

Levando em consideração a relação quilômetro por litro, mais uma vitória do gás natural, que aferiu 14,9 km/l, contra 12,8 km/l da gasolina e 8,8 km/l do etanol.

Ao passo que mostra-se econômico, o combustível mesclado de hidrocarbonetos, no entanto, não é tão rentável. Pouco mais de 110 quilômetros foram suficientes para que um cilindro fosse utilizado quase que completamente – geralmente, um carro tem dois cilindros de 7,5 m³, cada. E não é em todo lugar que o condutor encontra um posto que conte com o GNV. No Grande ABC são 25, sendo que em Santo André e São Bernardo ficam 18 deles.

“O custo médio para instalar o kit gás gira em torno de R$ 4.000 a R$ 5.000, valor recuperado em um ano e meio”, afirma Vallejo, que frisa ainda que o GNV poderia ser popularizado com isenções fiscais que desonerariam o preço, além de aumentar a oferta de postos com o combustível.




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