Economia Titulo Trabalho
Na região, 78% dos ocupados moram e trabalham em uma das sete cidades

Em dez anos, situação da economia sustenta resultado mesmo com expansão da população

Pedro Souza
do Diário do Grande ABC
07/08/2013 | 07:07
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Rafael Levi/DGABC



O mercado de trabalho do Grande ABC, após uma década, manteve a liderança na Grande São Paulo em acolhimento dos moradores da própria região. Em 2012, 78,4% dos ocupados estavam empregados dentro em uma das sete cidades. No começo de 2003, esse percentual era de 78,3%.

Com exceção da Capital, dentro da Região Metropolitana, a sub-região que mais se aproximou do Grande ABC foi a Leste, com 74,5% dos seus habitantes ocupados empregados dentro da área. Esta é formada pelos municípios Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano.

A superioridade é lastreada na estrutura econômica da região, principalmente pela força da indústria e dos seus reflexos no setor de serviços e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas. Com postos de qualidade, com alta remuneração, o setor industrial era responsável pela contratação de 26,1% dos trabalhadores do Grande ABC.

A manutenção dos 78% de ocupados atuando na região, pela ótica econômica, é positiva, já que a população aumentou nesse período e a estrutura do mercado das sete cidades foi o suficiente para aceitar o mesmo percentual de trabalhadores.

As informações são da análise O Emprego e a Mobilidade do Trabalhador na Região Metropolitana de São Paulo, dos pesquisadores da Fundação Seade Alexandre Jorge Loloian, Leila Gonzaga e Ligia Schiavon Duarte. A base de dados utilizada é a PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) na região metropolitana de São Paulo, da Seade em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), e a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego.

“Basicamente a manutenção é resultado do dinamismo da economia do Grande ABC”, disse Loloian. Ele pontuou que a região passou por mudança estrutural, em que o mercado de trabalho de serviços ultrapassou a indústria em número de vagas, considerando a evolução de 1990 até 2012 tanto pela terceirização, quanto também pela simples mudança de nomenclatura das funções nas estatísticas disponíveis atuais. “Antes uma montadora tinha 40 mil funcionários (<CF51>hoje cerca de 10 mil</CF>). Mas o pessoal da limpeza, por exemplo, estava listado como metalúrgico. Hoje são do setor de serviços.”

O rendimento dos ocupados da região também teve destaque por ter passado de R$ 1.447, em 2003, para R$ 1.860, em 2012, mantendo a primeira posição dentro da Grande São Paulo. Porém, no ano passado, diferentemente ao que ocorreu dez anos antes, superou a média da Capital, de R$ 1.832. Vale lembrar que esse rendimento leva em consideração apenas as pessoas que moram na região, independentemente do local onde trabalham.
 




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