Esportes Titulo Sem baixar a cabeça
São Paulo enfrenta
crise, mas não fala
em rebaixamento

Torcedores protestam contra os dez jogos sem vitória e a quinta derrota seguida no Morumbi

Renan Quintanilha
22/07/2013 | 07:07
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Da AE


O São Paulo já passa pela pior fase da história do clube. São dez jogos sem vencer – o que não acontecia desde 1986 – e sete derrotas seguidas, sendo cinco dentro do Morumbi – fato inédito. Mesmo com a crise, os tricolores se recusam a comentar em zona de rebaixamento. “Não vou falar disso após nove jogos. Está cedo ainda”, disse Rogério Ceni. 

O goleiro, aliás, foi o único jogador poupado pela torcida no sábado, quando em protesto fechou a saída do ônibus do São Paulo após o jogo.

Contratado para afastar a crise são paulina, Paulo Autuori já acumula três derrotas em três jogos no comando da equipe, o que não acontecia no São Paulo desde 1964, com Osvaldo Brandão, demitido na quarta derrota. “Mentalmente estamos abalados. Há momentos em que o time parece desistir. Emocionalmente, quando sofremos um gol, nos desarmamos por completo. Cabe a mim, como líder, tentar mudar isso”, afirmou Autuori. 

O treinador teve que lidar também com a irritação de Luis Fabiano ao ser substituido contra o Cruzeiro. O camisa nove enfatizou que não pediu para sair. “Não pedi nada. É decisão dele ”, destacou o centroavante. “Não é hora de ficar falando disso também”, emendou o Fabuloso.

O atacante não marca desde o jogo contra o Grêmio, em junho, antes da parada para a Copa das Confederações. “É a pior fase da minha carreira. Mas tem coisas que precisamos passar e enfrentar com a cabeça erguida. Precisamos aguentar todas as críticas e tirar o São Paulo dessa”, finalizou o atacante.

Juvenal convida uniformizada para churrasco e cria polêmica no clube

A crise no São Paulo vai além das quatro linhas. O setor administrativo do clube também vem sendo afetado pelo mal desempenho dos seus jogadores. A torcida se divide em prol e contra a permanência de Juvenal Juvêncio na presidência. 

Após a derrota (3 a 0) de sábado para o Cruzeiro, no Morumbi, alguns torcedores protestavam contra o mandatário. Porém, assim que a uniformizada Independente chegou ao local, tratou de vetar as críticas ao presidente. 

A ação vem gerando truculências com a oposição, liderada por Marco Aurélio Cunha. Ontem, Juvenal Juvêncio convidou líderes da torcida que o defendera para um churrasco, promovido pela diretoria aos associados do clube. 

Um integrante da organizada teria discursado em prol do atual presidente, que esteve presente no evento, revoltando opositores que vestiam camisa de apoio à candidatura de Marco Aurélio Cunha.

A eleição no São Paulo acontece em abril de 2014. Por enquanto, Juvenal Juvêncio tem problemas ainda maiores com os conselheiros do clube, que exigem a demissão do diretor de futebol Adalberto Baptista, homem de confiança do mandatário.

Os conselheiros querem que o Tricolor trabalhe com um gerente de futebol remunerado. Leonardo, ex-PSG, seria o indicado ao cargo. 




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