Economia Titulo Fim de semana
Férias em casa
elevam despesas
das famílias
Andréa Ciaffone
Do Diário do Grande ABC
09/07/2013 | 07:10
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Maíla Barreto/DGABC


As férias chegaram e são preciosas para curtir com as crianças. Afinal, o tempo passa rápido e cada idade tem seu charme especial. Por isso, mães, pais, tias, tios, avós e até irmãos de outra geração se oferecem para levar os pequenos a um dos seus passeios favoritos: o shopping.

Centralizando várias das paixões das crianças como cinema, lanchonete, sorveterias, diversões eletrônicas, lojas de brinquedos e livrarias, os centros de compras capricham e criam espaços e atrações específicas para as férias. No caso do Shopping ABC, a novidade para entreter a garotada neste mês é o espaço Universidade Monstro, que pega carona na seqüência do filme de sucesso criado pela Pixar.

Foi na atração que a reportagem do Diário encontrou os irmãos Pedro (6 anos) e João (4 anos) acompanhados da mãe, Érika Latorre, da avó, Solange, e do irmãozinho mais novo, Miguel, de nove meses. “A gente procura variar a programação, que inclui parques em dias bonitos e outros passeios, mas o Shopping é um programa praticamente semanal. Eles pedem para vir”, conta a avó. “Mas, exige planejamento financeiro. É difícil vir com eles e gastar menos de R$150. Se incluir cinema, pode chegar a R$ 200”, observa Érika. “Carregamos o cartão das diversões eletrônicas com R$ 70, isso rendeu cerca de uma hora de atividade para os dois”, conta Solange.

 “Depois tem lanche para eles, quem sabe um café para nós, estacionamento, enfim, são gastos que têm de ser previstos no orçamento mensal para a gente não perder o controle”, diz Érika. “Mas, a gente vê como um investimento em memórias da infância deles super preciosas para eles e para a gente também”, completa Érika, que é psicóloga.

De olho no valor que o repertório de lembranças dos dias de férias têm para miúdos e graúdos, a indústria do entretenimento capricha. Para este mês, estão programadas estréias semanais de filmes voltados para o público infantil.

Pensando no prazer de estar junto com a netinha, Rafaela,  3, Maria de Lourdes Mazzini encara com alegria as tardes nos corredores do shopping, um do programas prediletos da pequena. “Ela pede para vir”, diz a avó.

GOSTOS DEFINIDOS

Nicolas, 6, e Daniel, 5, contam com a tia/irmã Valquíria Stafocher para mantê-los com sua agenda de cinema atualizada. “Já temos a agenda cinematográfica para julho inteiro. Eles gostam de ver os filmes no dia da estréia", conta a adulta do grupo.

 “Eu gosto de férias. Dá para jogar vídeo game, ir ao parque. Vir no shopping é legal porque tem várias coisas para fazer", diz Nicolas. "Eu também gosto. Além do cinema, tem livraria”, diz Daniel, que é um fã dos livros infantis e sempre que vai ao shopping sai com um exemplar para sua biblioteca. Sem hipocrisia, Nicolas diz que gosta de ir na livraria por causa da contação de histórias. E não é só nisso que eles discordam. Um gostou mais de Universidade Monstro, o outro preferiu Meu Malvado Favorito 2.

 “Eu me divirto muito saindo com eles, mas o dinheiro vai embora rapidinho. Só hoje foram R$ 36 de entrada de cinema — isso porque foi no início da tarde e todos pagamos meia —, mais R$ 46 no lanche fast-food. Agora vamos tomar sorvete. Só nessa parte, contando com o estacionamento, foram R$100. Mas, tem ainda a parada na livraria”, contabiliza Valquíria.

PEQUENO INVESTIDOR

Na família Moreira, a programação é feita por Enzo, 3. “Ele pede para vir ao shopping e já sabe o que quer fazer aqui”, conta a mamãe Elciene. “O Enzo ganha mesada. Ai ele guarda o dinheiro e quando se sente rico, pede para vir ao shopping comprar brinquedo”, conta pai Aldo Moreira. Nessa incursão, Enzo investiu R$ 120 em um robô dos Transformers e em um boneco do Homem Aranha. “Aí, o resto do programa que tem cinema, lanche e outras coisas é por nossa conta”, brinca o pai do pequeno investidor, que admite: é fácil perder a noção dos gastos. “É uma boa oportunidade de ensinar (e aprender) o valor do planejamento financeiro”, diz Moreira. 




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