Economia Titulo Energia
Aneel autoriza reajuste
de 0,43% na conta de luz

Aumento entra em vigor a partir de amanhã;
as indústrias terão redução média de 0,87%

Pedro Souza
do Diário do Grande ABC
03/07/2013 | 07:14
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Divulgação


A conta de luz ficará mais cara a partir de amanhã. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) liberou a concessionária AES Eletropaulo para reajustar as tarifas. Para o consumo residencial, o aumento será de 0,43%, em média.

Para os clientes de alta tensão, grupo em que normalmente estão incluídas as empresas, principalmente as indústrias, o reajuste será negativo em 0,87%, em média.


O aumento é pequeno porque a agência aprovou remessa de R$ 506 milhões do fundo do setor elétrico CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) para a companhia. Esse aporte representa um reembolso que o governo fará pelos gastos já realizados pela empresa para compra de energia mais cara, em vista, do uso das usinas termoelétricas.

Essas geradoras térmicas fazem uso de óleo combustível e carvão, por exemplo, e foram ativadas em sua totalidade pelo governo, no segundo semestre do ano passado, para garantir o abastecimento da demanda no País. “A energia gerada pelas térmicas é muito mais cara”, disse o sócio da Interact Ltda Consultoria em Energia, Rafael Herzberg.

A medida tornou-se necessária uma vez que os reservatórios das hidrelétricas estavam muito baixos, após o período de seca. Além disso, entrou na conta, para favorecer o consumidor, um reembolso que a concessionária tem de fazer aos seus usuários por ter cobrado, entre 2011 e 2012, valores que não foram reajustados pela Aneel. Essa cobrança só não foi ajustada, na época, porque a própria Aneel determinou o adiamento. Naquele ano, a agência fazia ajustes em seus métodos de cálculo. Por causa desse adiamento, o consumidor já pagou, no passado, pouco mais do que deveria. Agora terá, ao longo do ano, o reembolso desses valores.

“Foi uma decisão equilibrada, pois atende ao interesse dos consumidores pelo efeito médio zero e preserva os interesses da companhia. Na realidade, estamos falando da continuidade do fluxo consistente de investimentos e de melhoria da qualidade do serviço”, opinou o presidente da Eletropaulo, Britaldo Soares.

Para Herzberg, o reajuste pequeno é reflexo da interferência do governo federal no trabalho da Aneel, que deveria zelar pelo melhor a todos os participantes do mercado de energia, ou seja, tanto consumidores quanto concessionárias, e também diminuir os tributos, que superam a marca de 50% das tarifas.
 




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