Se alguém dissesse há alguns anos que isso era possível, muitos duvidariam. Mas agora é verdade. Os riffs poderosos da guitarra de Tony Iommi junto da já conhecida harmonia do contrabaixo de Gezzer Butler estão de volta. E sob o nome Black Sabbath.

Só que agora os anciãos do rock trazem consigo uma carta de ouro na manga: junto deles está o cantor e compositor original da banda Ozzy Osbourne. Por conta do tratamento que faz para combater o câncer, o Iommi resolveu não esperar para resolver a burocracia junto do baterista Bill Ward, que ficou de fora da empreitada. Mas mesmo assim, o trio foi adiante e, junto do baterista Brad Wilk, do Rage Against the Machine, coloca nas prateleiras o disco 13 (Universal Music, R$ 27,90 em média), primeiro do Sabbath desde 1978 com Ozzy.

Com produção assinada por Rick Rubin, 13 chega embalado por oito composições. Há opção de CD duplo, que traz três faixas bônus (R$ 33,90 em média). A receita está lá, intacta. Por vezes, ainda que não tenha sonoridade datada, parece ter sido escrito nos anos 1970. Além das músicas de peso, o disco traz uma boa surpresa, o blues Damaged Soul, com direito a arranjo de gaita gravado por Ozzy e solo magnífico de guitarra.