Economia Titulo Vendas
Microempresas da
região ampliam em
6,3% o faturamento

Companhias tiveram R$ 2,3 bilhões de receita; as
sete cidades têm 77 mil firmas desse porte

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
13/06/2013 | 07:12
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Marina Brandão/DGABC


As micro e pequenas empresas do Grande ABC tiveram, na média, crescimento real (descontada a inflação) de 6,3% no faturamento nos primeiros quatro meses do ano na comparação com igual período de 2012, aponta pesquisa divulgada ontem pelo Sebrae-SP.

O baixo nível do desemprego e o aumento da renda da população colaboraram para o impulso nas vendas, avaliam os analistas da entidade.

A receita total das aproximadamente 77 mil companhias desses portes nos sete municípios chegou a estimados R$ 2,3 bilhões em abril, R$ 228 milhões a mais do que no mesmo mês do ano passado, de acordo com o levantamento.

A expansão de 6,3% na região superou a média estadual, que registrou alta de 4,3%, e praticamente acompanhou o que ocorreu em toda a Região Metropolitana (7,4% de crescimento).

O Grande ABC também se destacou em abril em relação a igual mês de 2012, ao registrar impulso de 10,9% nas vendas. Também foi mais do que em todo o Estado, que teve variação positiva de 6,1%.

Segundo a consultora do Sebrae-SP Letícia Aguiar, os números favoráveis se explicam pelo fato de o desempenho das micro e pequenas estar mais ligado ao consumo das famílias, o que, por sua vez, segue aquecido por causa do nível de emprego e da renda dos trabalhadores. Além disso, abril deste ano teve dois dias úteis a mais que mesmo período do ano passado, observou Pedro João Gonçalves, economista da entidade

A perspectiva do Sebrae-SP é de continuidade do ritmo de aquecimento nos próximos meses, embora a inflação e a inadimplência preocupem. “O controle da inflação poderá favorecer ganhos reais de renda aos trabalhadores. Isso é um incentivo ao consumo interno que, no entanto, deve ser menor em 2013 do que em 2012. Como consequência dessa desaceleração, a tendência é de crescimento mais modesto da receita neste ano”, disse o diretor técnico, Ivan Hussni.

MELHORA - A microempresa Ludel, que é uma indústria metalmecânica localizada em Santo André, registrou ligeira reação no faturamento no início de 2013. “Ano passado foi bastante complicado, este ano está um pouco melhor”, afirmou Luís Carlos Esteves, dono da companhia, que tem como foco o recondicionamento de peças para transporte coletivo e de carga.

Apesar dos sinais de recuperação, Esteves se mostra relutante em partir para expansão da fábrica ou do quadro de funcionários neste ano. “A economia não está proporcionando confiança para investirmos em equipamentos ou em contratações”, disse.

A sensação de insegurança é apontada em outra pesquisa do Sebrae-SP. Apenas 24% dos pequenos empresários esperam melhora no nível de atividade nos próximos seis meses, enquanto a maior parte (56%) prevê manutenção do patamar atual da economia.




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