O governo federal liberou R$ 18,7 bilhões para as famílias que compraram imóveis do Minha Casa, Minha Vida financiarem móveis e eletrodomésticos. Segundo o Ministério das Cidades, quem já tem as chaves das residências poderá utilizar o empréstimo, denominado Minha Casa Melhor, que é limitado em R$ 5.000. A estimativa é beneficiar 3,4 milhões de famílias.

Será possível comprar guarda-roupa, camas de casal e solteiro, mesa com cadeiras, sofá, refrigerador, fogão, lavadora, TV digital e notebook ou computador de mesa. Há limites máximos de preços para cada item.

O beneficiário poderá liquidar os empréstimos em até 48 parcelas. Terá ainda carência de quatro meses para o primeiro pagamento. Nas cerca de 13 mil lojas credenciadas, deverá negociar, pois será como uma compra à vista.

Os juros totais serão de 6,04% ao ano. “É muito interessante esta taxa, bem abaixo do patamar normal”, disse o professor de Economia Eric Brasil, da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado), que também é coordenador do núcleo de pesquisas Ifecap.

Conforme levantamento sobre juros da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), publicado ontem, as taxas médias cobradas pelo comércio, em maio, eram de 61,59% ao ano. Nas vendas de artigos para o lar, chegam a 93,83%.

Para o professor de Finanças da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) e também da Trevisan Escola de Negócios, Fundação Getulio Vargas e consultor da Febraban José Ricardo Escolá de Araújo, o empréstimo não aumentará a inflação. “E ajudará o governo a se prevenir contra uma crise energética, já que as famílias vão comprar geladeiras e televisores que consomem menos energia.”

É necessário ter as parcelas do financiamento da casa em dia para se cadastrar. As inscrições estão disponíveis pelo site www.minhacasamelhor.com.br ou pelo telefone 0800-726-8068.