A Polícia Civil de São Bernardo divulgou ontem imagens da dupla de assaltantes suspeita de ser a responsável pelo assassinato da doméstica Maria do Carmo Cunha, 62 anos, em casa lotérica na Rua Jurubatuba, no Centro da cidade, na tarde de sábado.

Nas gravações obtidas por meio do sistema de câmeras de vigilância do estabelecimento, a vítima é vista sendo usada como refém por um dos assaltantes, o que aparenta ser o mais velho da dupla, enquanto ele tentava entrar na área dos caixas.

Exigindo que funcionários abrissem a porta, ele passou a chutá-la. Durante o movimento, o revólver que portava disparou, perfurando a cabeça da doméstica, que morreu no local. O comparsa, também armado, ficou na porta durante a ação, impedindo a saída dos clientes. Após o ocorrido, ambos saíram correndo sem levar nada da lotérica ou das pessoas que estavam no local.

Os dois suspeitos ainda não foram identificados pela polícia. A expectativa é de que surjam outras informações sobre os autores após a divulgação pública das imagens.

“A investigação começou horas após o ocorrido. Está todo mundo em cima para chegar neles”, disse o delegado Victor Vasconcellos Lutti, titular do 1º DP (Centro) da cidade, onde o caso vem sendo apurado.

Maria tinha ido à lotérica para pagar conta de luz da casa onde morava, no Jardim Calux. A idosa foi enterrada na manhã de domingo no Cemitério Municipal do bairro dos Casa.

LATROCÍNIO

Enquanto investiga a morte da idosa, os policiais do 1º DP prenderam ontem Daniel Pereira Cordeiro, 21 anos, apontado como autor do assassinato do comerciante Lécio Bezerra de Menezes, 58, durante roubo ocorrido em seu bar no Jardim Irajá, em 31 de março.

Na ocasião, em um dos casos de latrocínio de maior repercussão registrados na região neste ano, Menezes entrou em luta corporal com o assaltante após o anúncio do roubo. O comerciante foi atingido no ombro e coxa e caiu no chão. Cordeiro teria então disparado na cabeça da vítima com a pistola que portava, antes de fugir com um comparsa.

Denúncias anônimas e o trabalho de investigação levaram os policiais ao nome de Cordeiro, que foi detido próximo de sua casa, no Jardim Silvina. Ele não tem passagens anteriores e negou-se a dar informações sobre o caso, mas foi identificado e reconhecido por testestemunhas que estavam presentes no local no momento do crime.