Cultura & Lazer Titulo Música
Simoninha leva
às prateleiras
Alta Fidelidade

Novo disco explora Rio de Janeiro e traz balanço característico da música do artista carioca

Thiago Mariano
04/06/2013 | 07:10
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Divulgação


A ideia era fazer um som sério, benfeito, mas sem pretensão de ser. Algo que rolasse ao gosto de quem viveu uma vida dedicada às canções e chega à maturidade melhor do que nunca, sabendo qual é sua praia. O resultado saiu de 'Alta Fidelidade' (S de Samba / Som Livre, preço médio R$ 25). O novo disco de Simoninha – quinto de sua carreira – chega agora às lojas para pôr para dançar sob o astral carioca.
Feito entre a ponte aérea Rio de Janeiro/São Paulo, o projeto, num flerte escancarado com a Cidade Maravilhosa, une samba, groove, funk e soul ao lifestyle que é típico de ser vivido entre os pés do Corcovado e do Pão de Açúcar. Apesar de São Paulo também ter servido de inspiração.

"As duas cidades, muito próximas em distância física, são muito diferentes, têm essências completamente diversas. Tentei viver o melhor das duas, o dia do Rio e a noite de São Paulo”, conta Simoninha.

Não é só a inspiração de quem intercambiou de uma cidade para outra desde o nascimento que forjou a aproximação desses dois universos. A produção, a cargo do carioca Alex Moreira e do paulistano Bruno Bona, além do próprio Simoninha, também acentuou esses sotaques. “Tentei dividir a produção, queria um olhar de produtor que não fosse só o meu. O Alex produziu três faixas; o Bruno, quatro; e eu, cinco. O disco traz uma mistura que eu procurava, queria sair do lugar comum, ter muitos músicos tocando, diferentes misturas.”

'Meninas do Leblon', com forte inclinação bossa-novista e muito balanço, abre os trabalhos. Já deixa evidente que os cartões-postais da obra reúnem espetaculares vistas cariocas. O dia a dia da cidade e do seu povo são os melhores olhares das composições.

“O sol, o negócio solar do disco, é algo que está caracterizado. Falo da vida diurna no Rio, algo meio caricato, mas que faz parte de algo verdadeiro. Fazer esportes, ir à praia, curtir o dia de forma diferente, encontrar os amigos para fazer algo.”
Futebol e escolas de samba estão na receita, mas é o romance a outra fórmula reinante, que deriva canções como 'Nós Dois', 'Distraído' e 'Falso Amor'.

'Alta Fidelidade', o título, surgiu, para ele, do seu compromisso com a música. “O que vejo hoje em dia é que a imagem ganhou importância gigantesca; e na música existe o processo inverso. A democratização simplificou, banalizou muito as coisas. Isso me incomoda. Música é algo sério, minha profissão, vida, arte, a forma como me expresso e me emociono. Queria resgatar essa questão. 'Alta Fidelidade' também é um compromisso meu com aquilo em que acredito.” 




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