Diarinho Titulo O que rola na escola
Aprendendo com bonecos

Guarda Civil Municipal de São Bernardo criou grupo de teatro que visita as escolas

Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
02/06/2013 | 07:00
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Marina Brandão/ Guardas criaram grupo para visitar escolas


Quem vive na cidade às vezes não imagina que do ladinho de onde mora existe floresta. No caso dos habitantes do Grande ABC, trata-se da Mata Atlântica que, além de árvores, é cheia de animais silvestres.

Pensando nisso, integrantes da GCM (Guarda Civil Municipal) de São Bernardo percorrem escolas da cidade para falar sobre a importância de preservar o meio ambiente. Mas fazem isso de jeito especial: por meio de peças com bonecos, encenadas pelo grupo de teatro que criaram há três anos.

Em O Caçador de Jaguatirica, o menino Robinho aprende que animais silvestres não podem ser vendidos e virar bichos de estimação. Na vida real, o felino que aparece na trama está em extinção. O espetáculo mostra ainda por que a Represa Billings não deve ser poluída.

Para transformar o pátio das escolas em teatro, os guardas estudaram e se dedicaram bastante. “No início, era difícil dar vida ao boneco. Ensaiamos muito e aprendemos com os erros e acertos”, conta a coordenadora do grupo, Rosangela Brito Correia. Para que todos se aperfeiçoassem, fizeram oficinas, uma delas com a famosa Cia. Truks (especialista em manipulação de bonecos).

Além da pecinha sobre o meio ambiente, os integrantes escreveram outra sobre os problemas do trânsito chamada Travessia Encantada.

Para o guarda Sidney Gomes da Mota, que interpreta o Robinho, cada apresentação é diferente das outras. “As crianças são verdadeiras e espontâneas. Elas participam da história. Às vezes, temos de improvisar.”

Turma participa da apresentação

O Diarinho assistiu à apresentação do teatro de bonecos da GCM na Emeb Professor Paulo Freire, no Riacho Grande. A turma deu risada nas cenas engraçadas e reclamou do mau comportamento do personagem Xuruminho ao vê-lo jogar lixo na Represa Billings. Também não gostou quando o caçador Josenildo capturou a jaguatirica e tentou vendê-la ao menino Robinho.

Andressa Divino, 8 anos, ficou impressionada ao aprender que o felino é achado na Mata Atlântica, que fica próxima de sua casa. Gabriely Silva Vieira, 9, surpreendeu-se com o fato de que existem pessoas que caçam animais silvestres. “O lugar deles é na natureza. Não podem ser bichos de estimação.”

Por viverem perto da Represa Billings, os alunos já viram muito lixo na água. “Nem todos respeitam e preservam o meio ambiente”, diz Mariana Kosloski, 9. Para Maycon Douglas de Araújo, 10, o tema da peça é muito importante. “Não faço como o Xuruminho. Sempre guardo papel de bala para não jogar na rua.”
 




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