Guarda Civil Municipal de São Bernardo criou grupo de teatro que visita as escolas
Quem vive na cidade às vezes não imagina que do ladinho de onde mora existe floresta. No caso dos habitantes do Grande ABC, trata-se da Mata Atlântica que, além de árvores, é cheia de animais silvestres.
Pensando nisso, integrantes da GCM (Guarda Civil Municipal) de São Bernardo percorrem escolas da cidade para falar sobre a importância de preservar o meio ambiente. Mas fazem isso de jeito especial: por meio de peças com bonecos, encenadas pelo grupo de teatro que criaram há três anos.
Em O Caçador de Jaguatirica, o menino Robinho aprende que animais silvestres não podem ser vendidos e virar bichos de estimação. Na vida real, o felino que aparece na trama está em extinção. O espetáculo mostra ainda por que a Represa Billings não deve ser poluída.
Para transformar o pátio das escolas em teatro, os guardas estudaram e se dedicaram bastante. “No início, era difícil dar vida ao boneco. Ensaiamos muito e aprendemos com os erros e acertos”, conta a coordenadora do grupo, Rosangela Brito Correia. Para que todos se aperfeiçoassem, fizeram oficinas, uma delas com a famosa Cia. Truks (especialista em manipulação de bonecos).
Além da pecinha sobre o meio ambiente, os integrantes escreveram outra sobre os problemas do trânsito chamada Travessia Encantada.
Para o guarda Sidney Gomes da Mota, que interpreta o Robinho, cada apresentação é diferente das outras. “As crianças são verdadeiras e espontâneas. Elas participam da história. Às vezes, temos de improvisar.”
Turma participa da apresentação
O Diarinho assistiu à apresentação do teatro de bonecos da GCM na Emeb Professor Paulo Freire, no Riacho Grande. A turma deu risada nas cenas engraçadas e reclamou do mau comportamento do personagem Xuruminho ao vê-lo jogar lixo na Represa Billings. Também não gostou quando o caçador Josenildo capturou a jaguatirica e tentou vendê-la ao menino Robinho.
Andressa Divino, 8 anos, ficou impressionada ao aprender que o felino é achado na Mata Atlântica, que fica próxima de sua casa. Gabriely Silva Vieira, 9, surpreendeu-se com o fato de que existem pessoas que caçam animais silvestres. “O lugar deles é na natureza. Não podem ser bichos de estimação.”
Por viverem perto da Represa Billings, os alunos já viram muito lixo na água. “Nem todos respeitam e preservam o meio ambiente”, diz Mariana Kosloski, 9. Para Maycon Douglas de Araújo, 10, o tema da peça é muito importante. “Não faço como o Xuruminho. Sempre guardo papel de bala para não jogar na rua.”
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