Economia Titulo Pela 5ª vez
Funcionários da GM
rejeitam valor da PLR

Trabalhadores não aceitam benefício de R$ 13 mil, com primeira parcela de R$ 7.100

Tauana Marin
29/05/2013 | 07:00
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Os trabalhadores da GM (General Motors), da planta de São Caetano, não estão satisfeitos com as negociações da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) deste ano. Ontem, na quinta assembleia, os funcionários recusaram, mais uma vez, a proposta feita pela empresa.

A montadora oferece R$ 7.100 na primeira parcela, a ser paga no início do mês que vem, o que totaliza R$ 12,8 mil, para 100% das metas. Sob vaias, a categoria, formada por 12,5 mil trabalhadores, protestou. “É legítimo, é consciente o protesto de vocês”, destaca o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão.

Diante da recusa, o sindicato definiu na assembleia o valor que os trabalhadores aceitariam fechar. Por votação, a categoria sinalizou aprovar o acordo de PLR se a primeira parcela for de R$ 7.200 – R$ 100 a mais do que a proposta atual da montadora, no entanto diferença de R$ 1,25 milhão para os cofres da norte-americana. “Com esse novo valor garantimos PLR de R$ 13 mil, cumprindo a meta de produção em 100%. Hoje, por exemplo, alcançamos ritmo de produção de 110%”, analisa o dirigente sindical.

Cidão afirmou que a GM está estudando a possibilidade e reunião ficou agendada para hoje, pela manhã. “Se não for possível fechar o acordo, iniciaremos greve na segunda-feira, logo cedo, por tempo indeterminado. Afinal, já encaminhamos o estado de greve”, ameaçou o dirigente sindical.

Neste ano, os 12,5 mil funcionários da planta fabril de São Caetano devem produzir 341 mil unidades para atingir 80% da meta; 370 mil veículos representam 100% do previsto e 394 mil equivalem a 120% da produção. No ano passado, o valor do benefício foi de R$ 15.355,86 porque os trabalhadores superaram as metas de produção, atingindo níveis acima do 100%.

Em São José dos Campos, no Interior, onde a companhia possui outra unidade, os funcionários aprovaram o valor da primeira parcela da PLR, de R$ 8.320. “A realidade de lá é diferente da nossa”, aponta o presidente do sindicato.  




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