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Chance de crescer
vale mais que renda

Salário aparece como segundo requisitado na hora de escolher um emprego

Tauana Marin
Diário do Grande ABC
20/05/2013 | 07:21
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Para aceitar uma oferta de emprego são muitos os aspectos analisados pelos profissionais que atuam em companhias na região Sudeste do País - segunda maior área brasileira, composta pelos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ter chances de crescimento na empresa é o principal requisito apontado pelos entrevistados (74,7%), acompanhada de bons salários (73,9%) e o ambiente de trabalho (65,5%). É o que revela levantamento realizado pela Page Personnel, companhia global de recrutamento especializado em profissionais de suporte à gestão e primeira gerência.

A pesquisa foi realizada entre dezembro e janeiro com 850 respondentes de todas as regiões do Brasil. Participaram do levantamento analistas, coordenadores, gerentes, diretores e CEOs de diversas empresas e setores.

Na hora de procurar um emprego, os profissionais indicaram os principais problemas das vagas ofertadas no mercado. No Sudeste, aparecem baixos salários (52,6%), falta de plano de carreira (51,5%) e ausência de treinamento (29,4%).

Na contrapartida, o estudo também procurou saber dos executivos quais eram as principais carências apresentadas pelos profissionais da região onde atuam. Foram listadas como deficits profissionais a ausência de conhecimento técnico (48,3%), proatividade (42,6%) e visão estratégica (37,8%) como grandes desafios a serem superados pelos trabalhadores desse território. "O que acontece com frequência é que aqueles que buscam novas oportunidades e têm o desejo de atuar em algum setor em específico possuem conhecimento; no entanto, não têm experiência, muito tempo de prática, por exemplo. A empresa nesse caso já tem outra visão, precisa de resultados rápidos e por isso escolhe quem já possui muita habilidade para desempenhar tal função", explica Paulo Dias, consultor da Page Personnel.

Para se ter ideia, ao fazerem uma autoavaliação de suas principais qualidades, os trabalhadores dizem que se consideram adequados às necessidades do mercado.

SALÁRIOS

Para Dias, um grande entrave no mundo corporativo é a questão salarial. "Os brasileiros esperam receber reajustes entre 20% e 30% a cada ano ou 24 meses. Só que isso é muito difícil. Esse acréscimo é aplicado, por exemplo, quando um executivo de alto escalão é contratado por outra empresa e recebe uma proposta melhor. Seria impossível para as companhias elevar os valores das remunerações de pouco em pouco tempo, com índices maiores. Nesse ritmo, a empresa não sobreviveria", considera.

Segundo ele, a demora para o reajuste não pode desanimar o funcionário. Aliás, essa é uma das causas da alta taxa de rotatividade nos dias de hoje. "Os profissionais não esperam e ficam migrando de empresa a empresa em busca de saltos salariais", completa o consultor. Nesses casos, ele aconselha que a melhor coisa a se fazer é se reportar ao gestor. "Só ele pode dizer qual o espaço para crescimento que cada profissional tem em curto, médio e longo prazos."




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