Setecidades Titulo Trânsito
Planejamento urbano melhora mobilidade

Para especialista, obras viárias devem ser conciliadas com controle adequado do uso do solo

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
17/05/2013 | 07:00
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Durante apresentação na manhã de ontem do Plano Regional de Mobilidade, elaborado pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, o presidente da ANTP (Associação Nacional dos Transportes Públicos), Ailton Brasiliense, afirmou que os investimentos em Mobilidade devem ser associados com o Planejamento Urbano. A exposição foi feita em Santo André durante o Fórum Paulista de Secretários e Dirigentes de Transporte e Trânsito.

Segundo Brasiliense, é preciso haver planejamento do uso do solo. "Se o poder público deixar esse crescimento solto, pode adensar uma região que não devia, que não tinha infraestrutura para suportar isso." O presidente informa que é preciso adensar a população próxima a grandes estruturas de transporte público, como corredores de ônibus e linhas metroferroviárias. "Com isso, as pessoas irão se deslocar o mínimo possível para chegar a essa rede."

O plano contratado pelo Consórcio diagnosticou necessidade de 157 intervenções viárias e no transporte coletivo, que custarão R$ 7,8 bilhões./CW O pacote já foi apresentado à ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e agora a entidade aguarda resposta do governo federal. Paralelo a isso, as prefeituras de Santo André e São Bernardo planejam construir, juntas, 25 corredores exclusivos para ônibus.

"Os projetos são bons, desde que haja integração", opina Brasiliense. As vias segregadas, na avaliação do especialista, podem contribuir para a redução das tarifas. "Quando aumenta a velocidade do ônibus, é possível reduzir a frota, mantendo o nível de conforto. Se reduz a frota, baixam os custos. Se baixar o custo, pode reduzir a tarifa. É um projeto que leva tempo para ser implantado."

A coordenadora do GT (Grupo de Trabalho) de Mobilidade do Consórcio, Andrea Brisida, concorda com Brasiliense e diz que essa discussão é feita na entidade. "Não dá para pensar a melhoria da Mobilidade se o planejamento não estiver a reboque. O cenário ideal seria a pessoa trabalhar e morar em pontos próximos.

Todo o deslocamento grande das áreas de moradia periféricas para os centros das cidades, onde há empregos, é uma coisa muito negativa que acaba causando o que a gente vive hoje."

Segundo Andrea, a concepção do plano regional levou em consideração a elaboração e a vigência dos planos diretores das cidades.




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