Steven Soderbergh afirma estar deixando o mundo do cinema. Seus filmes, entre eles a trilogia Onze Homens e Um Segredo e Traffic, sempre trazem mescla de elementos e ações que apresentam reviravoltas que mexem com a cabeça do público.

A anunciada ‘última atração' do cineasta para as telonas é Terapia de Risco, que entra hoje no circuito brasileiro. Entre sessões em um divã e efeitos de um novo remédio, o longa-metragem se revela um thriller psicológico capaz de tocar em vários pontos.

O roteiro, assinado por Scott Z. Burns (Contágio), acompanha Emily (Rooney Mara), vivendo entre a euforia de ter o retorno do marido Martin (Channing Tatum), que acaba de sair da prisão, e uma forte depressão. Em terapia com o Dr. Jonathan (Jude Law), ela começa a ser medicada com um remédio em fase de testes. Se a garota parece ganhar mais vitalidade no cotidiano, efeitos colaterais como paranoia e sonambulismo também passam a fazer parte de sua vida.

Em meio a um mergulho nos bastidores da indústria farmacêutica, Emily acaba se envolvendo em um caso de homicídio ocorrido durante um de seus surtos. Motivos começam a ser desembrulhados e a presença da Dra. Victoria (Catherine Zeta-Jones) parece agitar ainda mais os acontecimentos.

Como um típico Soderbergh, nada é como parece e Terapia de Risco promete fisgar o espectador aos poucos. A dose de informações deve ser controlada para que tudo ocorra como o cineasta imaginou. Mas quem não está acostumado com seu trabalho pode achar o tratamento complexo demais.