Segundo prefeito de S.Bernardo, conversas são constantes com governistas; pedidos também
O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), negou a falta de diálogo com os vereadores da bancada governista na Câmara, embora alguns situacionistas estejam descontentes com a falta de aproximação com o petista, o que pode evidenciar o início do estremecimento entre o governo e aliados no Legislativo.
"Eu vi pela imprensa hoje (ontem) essa história da falta de diálogo. Na verdade não falta diálogo, o pessoal quer cargo, indicação, um monte de coisa. Não é falta de diálogo. Conversa tem de sobra", afirmou Marinho. Apesar de admitir os pedidos, o petista não garantiu contemplá-los. "Precisar ver se (os cargos) existem."
A insatisfação ficou evidente na sessão de quarta-feira, quando os 12 vereadores da bancada de situação - com exceção dos sete petistas - votaram contra o pedido de adiamento na votação do requerimento do parlamentar oposicionista Julinho Fuzari (PPS), que contesta o valor da passagem de ônibus, no valor de R$ 3,30, e a atuação da concessionária responsável pelo transporte público.
Nos corredores do Paço, comenta-se que a atitude foi um recado velado ao chefe do Executivo. O que incomodou os governistas foi o evento realizado no Paço para a entrega dos novos caminhões de coleta de lixo, sem que nenhum aliado do prefeito tenha sido convidado. Marinho minimizou a saiajusta. "Houve erro de quem programou a atividade de convidar os vereadores. Por mim, se o vereador quiser me acompanhar 24 horas por dia, pode", considerou.
Os sinais emitidos pela bancada de sustentação podem acabar com a calmaria no Legislativo e comprometer a governabilidade de Marinho na Câmara. Na terça-feira está agendada reunião entre os 20 vereadores situacionistas e o secretário de governo, José Albino, para minimizar os indícios de crise. "Precisamos ver que sinal é esse", admite o líder do governo, José Ferreira (PT).
MANTENDO A BASE
Durante a disputa pela reeleição, Marinho contou com o apoio de 17 partidos, conquistando 20 dos 28 assentos do Legislativo. Cenário diferente de 2009, quando assumiu o seu primeiro ano de governo em 2009, quando a maioria oposicionista travou a governabilidade do petista.
Manter a base governista alinhada é fundamental para os planos do PT em permanecer no comando de São Beranardo de 2017 a 2020.
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