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Sem fugir do além

Três anos depois do 1º filme, 'O Último Exorcismo - Parte II'
segue linha mais convencional ao acompanhar a nova trama

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
10/05/2013 | 07:16
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Divulgação


Quando 'O Último Exorcismo' chegou aos cinemas em 2010, o terror foi vendido como uma abordagem diferente em torno de um novo caso de possessão. O estilo documental deixou o filme com uma cara mais ‘real', abusando do artifício da câmera na mão de um personagem dentro da trama acompanhando de perto os acontecimentos. Três anos depois, 'O Último Exorcismo - Parte II' segue linha mais convencional ao acompanhar a nova trama.

Como o título sugere, a segunda parte da série é uma sequência direta. Quem não viu o primeiro capítulo ficará um tanto perdido ao ver Nell (Ashley Bell) sendo encontrada na floresta completamente desamparada. Ela não se lembra do que lhe ocorreu no local - o fim dos acontecimentos do filme anterior - e tenta reiniciar a vida na pequena cidade de Davreaux. Além de ter de lidar com as complicações do cotidiano, como a convivência com grupo de jovens em um abrigo e o princípio de relacionamento com Chris (Spencer Treat Clark), sua mente é perturbada por visões malignas que lhe dizem que o demônio parece não ter desistido dela.

O projeto do desconhecido diretor Ed Gass-Donnelly aposta em tensão repleta de sutilezas. Não há cenas muito fortes - ou, pelo menos, nada que já não tenha sido mostrado em outras produções do gênero. O suspense aparece no tormento com alto teor psicológico, com a relação entre eles tentando apelar para insólito encontro quase que sexual entre seres de mundos distintos em diversos desses momentos.

A sacada de 'Parte II' é apostar no medo sugestivo, no qual não vemos a cena por completo e o filme utiliza a mente dos espectadores para completar como quisermos o restante dos acontecimentos. Claro que muitos clichês ligados a possessão fazem parte do roteiro, mas a questão é observar até que ponto essa fórmula para causar sustos e arrepios ainda é eficaz. O sucesso desses filmes parece afirmar que o medo de demônios e seres espirituais continua em alta.




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