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Arca de Zoé: seis franceses são condenados
Da AFP
26/12/2007 | 19:02
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Os seis membros franceses da associação Arca de Zoé acusados de seqüestro de crianças foram condenados nesta quarta-feira a oito anos de prisão combinados com trabalhos forçados pela Corte Criminal de N'Djamena, que também condenou um chadiano e um sudanês a quatro anos de prisão e absolveu dois chadianos, anunciou o presidente do tribunal, Ngarhondo Djidé.

Os seis franceses foram considerados culpados de "tentativa de seqüestro de crianças, comprometendo seu estado civil" e de "estafa" por ter tentado transportar 103 crianças supostamente órfãs no dia 25 de outubro do leste do Chade até a França.

Suleiman Ibrahim Adam, um refugiado sudanês, e Mahamat Dagot, líder de bairro da cidade chadiana de Tiné, na fronteira com o Sudão, que serviram de intermediários, foram considerados culpados de "cumplicidade de tentativa de seqüestro de crianças" mas com "circunstâncias atenuantes", acrescentou o presidente da Corte.

Os dois outros chadianos, Sinine Amadou Nassur e Ahmat Haran Gnoye, prefeito e secretário da prefeitura de Tiné, também acusados de cumplicidade de seqüestro, foram absolvidos.

Eric Bretau, presidente da Arca de Zoé, e o sudanês, também foram declarados culpados de falsificação e uso de documentos falsos".

Ao ouvir o veredito em silêncio, os acusados se colocaram de frente para o tribunal e de costas para o público. Eric Breteau e Emilie Lelouch, sua assistente, haviam se vestido para a ocasão com uma camiseta com o logotipo "Children Rescue", nome da operação Arca de Zoé, no Chade.

Nadia Merimi, enfermeira da associação, rompeu em lágrimas nos braços de seu advogado, enquanto outros acusados não demonstraram qualquer reação especial se limitaram a trocar abraços.

O chadiano e o sudanês condenados não reagiram à prisão, enquanto os absolvidos faziam gestos largos na sala de depoimentos.

Em Paris, a porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Pascale Andreani, informou à AFP que o país "pedirá às autoridades chadianas o traslado para a França" dos seis franceses condenados.

"A França, depois de ter recebido o bom visto dos membros da Arca de Zoé, e ter examinado as modalidades da execução do acordo de ajuda judicial mútua entre França e Chade, especialmente em seu artigo 29, reclamará às autoridades chadianas o traslado para a França dos condenados", declarou Andréani.

O acordo judicial franco-chadiano de 1976 torna possível, sob o consentimento do Chade, o traslado para a França e a "conversão" em oito anos de prisão das penas anunciadas em N'Djamena, disse uma fonte judicial.




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