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Áreas seguem indefinidas em Diadema
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
14/08/2009 | 07:37
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O Legislativo de Diadema deve enfrentrar nova saia-justa na votação do projeto do Executivo para habitação popular na cidade, que tem como foco o Minha Casa Minha Vida, programa do governo federal. A menos de sete dias da próxima sessão, praticamente nada de concreto avançou para repor 11 terrenos retirados da lei municipal que instituiu 31 imóveis públicos e particulares em AEIS (Áreas Especiais de Interesse Social) - inicialmente eram dez.

O prazo de 30 dias acordado para garimpo dos terrenos entre a Prefeitura e segmentos de moradias, empresários e vereadores se encerra na quarta-feira. Até agora, segundo representantes dos movimentos de habitação popular, nenhuma reunião foi marcada pela administração municipal nem pelos vereadores para discutir o assunto, conforme afirmaram ontem à tarde, na tribuna da Câmara.

"O projeto não é dos movimentos de moradia, mas do Executivo, que, aliás, não mais discutiu com a gente. O recuo foi para dialogar", lembrou Ronaldo José Lacerda, um dos líderes que usou a tribuna.

Lacerda afirmou que os movimentos têm alternativas para substituição das 11 áreas retiradas na última sessão antes do recesso parlamentar - 16 de julho. "Inclusive galpões vazios há décadas para serem utilizados pelas empresas", afirmou.

Entre muitos vereadores que fizeram o uso da palavra, Regina Gonçalves (PV) aproveitou da fala de Lacerda para defesa da Casa. "O projeto realmente é do Executivo, com proposta do governo federal. Não é nossa responsabilidade fazer entrar na ordem do dia, mas acordo entre as partes é para ser respeitado. Pelo menos a bancada do PV cobrará da Prefeitura", afirmou.

Representantes dos movimentos deixaram um recado: não aceitarão prorrogação de prazo nem menos de 11 áreas. A Prefeitura informou que o terreno retirado fica na região norte, possui cerca de 3 mil m² e prevê a construção de um empreendimento".

Ainda de acordo com a administração, uma reunião será agendada na próxima semana com movimentos de moradia e empresários. Na nota encaminhada, a Prefeitura afirma ainda que "realizou reuniões individualmente ou em conjunto com vários movimentos, lideranças e empresários para levantamento técnico interno para construir uma proposta".

O déficit habitacional é em torno de 10 mil moradias - cerca de 3.300 mil famílias vivem em áreas de risco.




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