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Líder nacional do MST é preso em Pernambuco
21/08/2006 | 23:38
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O coordenador nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) e líder do movimento em Pernambuco, Jaime Amorim, foi preso ontem quando saía do município de Itaquitinga, a 84 quilômetros do Recife. A prisão preventiva foi decretada pelo juiz da 5ª Vara Criminal do Recife, Joaquim Pereira Lafayete Neto, por entender que em liberdade, Amorim “poderá colocar em risco a paz e a segurança de cidadãos de bem”.

Qualificada como “um mal necessário para a garantia da ordem pública e fiel aplicação da lei”, a base da preventiva é um processo que apura a depredação do consulado dos Estados Unidos, no bairro da Boa Vista, liderada pelo dirigente do MST em um protesto contra o governo Bush, no dia 5 de novembro de 2005. Pedras e tinta foram jogados no prédio e o policial militar Almir José de Barros foi atingido com uma lixeira.

De acordo com o juiz, houve desobediência a ordem policial, deterioração da coisa alheia e incitação ao crime. O juiz alegou ainda que Amorim tem antecedentes e não tem endereço fixo.

Advogados, políticos ligados à questão agrária e movimentos de direitos humanos se reuniram com o presidente do Tribunal de Justiça, Fausto Freitas, no final da tarde, e entraram com pedido de habeas-corpus, na expectativa de conseguir liberar Amorim.

Enterro – Amorim foi preso logo depois de participar do enterro de Josias Barros Ferreira, de 28 anos, uma das principais lideranças do MST no Estado, em Itaquitinga, na zona da mata norte.

Estava a caminho de Vitória de Santo Antão, na região metropolitana, para o enterro de outro dirigente do MST, Samuel Matias Barbosa, de 34 anos. Os dois foram assassinados a tiros, domingo pela manhã, no acampamento Alto da Balança, no município metropolitano de Moreno, por integrantes do acampamento, dissidentes, que queriam tirar a bandeira do movimento do acampamento.

“Isso é uma provocação”, reagiu outro integrante do MST, Joba Alves. “O juiz não diz a verdade quando diz que Jaime não tem endereço fixo”, disse Edílson Barbosa, para quem Jaime pode ser encontrado facilmente e está sempre dando entrevistas à imprensa.

Indenização – A 3ªVara da Fazenda Estadual condenou o Estado de Minas Gerais a indenizar o fazendeiro João Alves de Oliveira em R$ 321.610,00 por danos materiais, pela invasão e depredação de sua propriedade por integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), em julho de 2003.

Em sua sentença, a juíza Sandra Alves de Santana e Fonseca considerou que ficou comprovado que o Estado foi omisso em relação à proteção da fazenda Nova Jerusalém, localizada em Unaí, no noroeste mineiro. A decisão é de 1ª instância e cabe recurso.



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