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Padre denuncia invasão de terras por empresários
Das Agências
26/08/2001 | 19:08
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O padre José Amaro de Souza, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Anapu, no sudoeste do Pará, denunciou que três mil hectares de terras da União foram invadidos e grilados por empresários de Altamira, que receberam R$ 60 milhões da extinta Superintedência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) para desenvolver 11 projetos de pupunha, café, açaí e cupuaçu. As terras foram cedidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a 50 famílias de colonos havia mais dez anos. O caso foi denunciado ao Ministério Público Federal.

As famílias, segundo o padre, foram expulsas no final do ano passado sob a mira de armas por homens contratados pelos empresários, que até hoje nada plantaram na região. Crianças chegaram a ser contratadas para espalhar as mudas pelas terras. Cada uma receberia entre R$ 25 e R$ 30 para encher cem sacos de mudas.

“Após as denúncias de desvio de verbas dos projetos, tratores que limpavam os terrenos foram abandonados às pressas, enquanto trabalhadores eram dispensados”, conta José Amaro. Ele revela que sua posição contrária ao desvio de recursos da Sudam por políticos e empresários de Altamira acabaram por lhe render ameaças de morte. Os autores das ameaças não foram identificados.




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