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Receita das micro e pequenas empresas cai no 1º semestre
Emerson Coelho
Do Diário do Grande ABC
14/08/2009 | 07:00
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O faturamento real das MPEs (micro e pequenas empresas) no Estado caiu 10,1% no primeiro semestre de 2009 em comparação com o mesmo período do ano passado. No Grande ABC a queda foi parecida, de 11,1%, conforme pesquisa divulgada ontem pelo Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo).

O estudo, realizado com 2.700 empresas de São Paulo, apontou queda no faturamento em todos os setores. A maior delas aconteceu na indústria (-18%), seguida pelo comércio (-9,7%) e serviços (-4,5%).

"As atividades mais dependentes de financiamentos (que vendem produtos de maior valor) foram as mais afetadas pela crise. Isso explica porque a indústria teve o pior desempenho relativo entre os três setores", ressalta o consultor do Sebrae-SP, Pedro João Gonçalves.

Na comparação de junho de 2009 com o mesmo mês de 2008 a queda do faturamento das MPEs foi de 3,5% no Estado, enquanto que no Grande ABC houve aumento de 4,2%.

"No Estado trata-se da menor queda da receita real registrada desde o início da crise internacional. Em relação aos dados do Grande ABC, isso pode representar uma ligeira recuperação do setor de autopeças que dá sinais de que a pior fase da crise passou", explica Gonçalves.

Para o diretor geral do Ciesp (Centro das Indústrias do Estados de São Paulo) de Santo André, Shotoku Yamamoto, o desempenho da indústria na região pode ter parado de piorar, mas ainda está longe de uma retomada.

"O mercado interno está reagindo bem, graças a diversos incentivos como a redução do IPI para o setor automotivo, mas o mercado externo não apresenta sinais de melhora e isso compromete bastante as indústrias da região".

Os segmentos mais afetados da indústria, segundo o Sebrae, continuam a ser os de bens de consumo duráveis (como máquinas e aparelhos elétricos) e bens de capital (máquinas e equipamentos).

EXPECTATIVAS - Apesar da queda na receita real, as expectativas dos empresários ficaram ligeiramente mais otimistas. Em julho, 48% dos donos de MPEs declararam acreditar em melhora no faturamento da empresa nos próximos seis meses em relação aos 46% registrados em junho.

Quanto à economia brasileira, a proporção de empresários que acreditam em melhora no nível da atividade nos próximos seis meses subiu de 43% em junho para 46% em julho.




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