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Empate na estreia muda astral da Seleção e atrai fantasma da eliminação
Da Redação
06/07/2011 | 07:30
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O inesperado empate diante da Venezuela (0 a 0) mudou o clima na Seleção Brasileira. Os sorrisos fáceis da dupla Neymar e Robinho deram lugar à fisionomia fechada da maioria dos jogadores no treino de ontem à tarde na Argentina. Parece ter caído a ficha. O resultado na estreia obriga o Brasil a derrotar o Paraguai, adversário tradicional, sábado, às 16h (de Brasília) ou então contar com a sorte para não ser humilhantemente eliminado logo na primeira fase da Copa América.

Os jogadores evitam tocar no assunto, mas deixam claro que se sentem pressionados por uma possível eliminação precoce. "Futebol é resultado. Você nunca está feliz quando não vence, principalmente na Seleção. E quando você não vence, a pressão aumenta a cada jogo. O futebol mudou muito, não dá mais para enfrentar a Venezuela sabendo que vai ganhar de goleada. Sabemos que temos muito para melhorar durante o torneio e isso pode acontecer na próxima rodada", aposta o zagueiro Thiago Silva.

O ataque foi o setor mais criticado pela apatia e falta de criatividade na estreia. Principal responsável por mandar a bola para a rede, Alexandre Pato se mostra tranquilo e também acredita em dias melhores. "Não tem uma coisa só para melhorar, tem muitas. O que faltou mesmo foi o gol, infelizmente não conseguimos marcar. Tenho certeza de que (contra o Paraguai) os gols vão sair", promete.

O jogador sugeriu que o torcedor tenha mais paciência com a equipe. "É uma Seleção nova, com jogadores novos e todos querem mostrar trabalho. Infelizmente não tivemos muito tempo para treinar juntos, antes era coisa de um ou dois dias e só. Agora estamos nos encaixando melhor. Infelizmente o gol não saiu, mas contra o Paraguai será bem diferente, o time só melhora com entrosamento e é isso que buscamos diariamente nos treinamentos", ressalta.

Apesar da estreia ruim, o técnico Mano Menezes não parece disposto a modificar a escalação. "A Seleção Brasileira tem definida uma formação. Só que nessa formação, o setor ofensivo não funcionou contra a Venezuela, principalmente no segundo tempo. No primeiro, ainda conseguimos criar chances e poderíamos ter decidido o jogo. Mas, depois, não. E é isso que temos de corrigir", ensinou o treinador.

Uma das possibilidades para mudar a forma de a equipe jogar e aumentar o poder de criação seria a entrada do meia Lucas, do São Paulo. O problema é quem deixaria o time. Neymar tem status de intocável, assim como Paulo Henrique Ganso. Pato é o homem de referência dentro da área. Assim, as únicas opções seriam Robinho ou então a formação mais agressiva com Ramires deixando o time titular.




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