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Mulheres desiguais

O livro A Distância Entre Nós, da escritora indiana Thrity Umrigar...

Dgabc
20/03/2013 | 00:00
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Artigo

O livro A Distância Entre Nós, da escritora indiana Thrity Umrigar, conta a história de duas mulheres na Índia, de castas diferentes: uma patroa, outra empregada doméstica. Nada havia em comum na vida das duas, salvo que ambas eram vítimas da violência dos maridos. No Dia Internacional da Mulher foi possível lembrar outros pontos em comum entre as mulheres: a discriminação nos empregos e salários, serviços domésticos a que estão obrigadas mesmo quando têm trabalho fora de casa, responsabilidades maiores no cuidado com os filhos, os assédios sexuais e todas as formas de bulling machista.

Todos os dias, milhares são obrigadas a ‘abandonar', provisoriamente, suas crianças para cuidar dos filhos de outras mulheres. Algumas mulheres têm seus filhos com brinquedos e estímulos intelectuais desde a primeira infância, as outras veem seus filhos desperdiçando o período mais importante de sua formação. Um filme norte-americano - Histórias Cruzadas - mostra o sentimento de uma empregada que cuida dos filhos de outras mulheres, rodeados de todo o conforto e brinquedos, enquanto seus filhos estão abandonados. O filme é sobre o Sul dos Estados Unidos, no começo dos anos 1960, mas se aplica perfeitamente ao Brasil de hoje.

A diferença não se limita à primeira infância, continua ao longo do processo educacional. Parte das mulheres tem seus filhos em escolas com qualidade; outras, os têm fora da escola, ou em pseudoescolas, que não preparam para o futuro. Entre as mulheres brasileiras, cerca de 500 mil têm filhos presos. Elas sabem que eles caíram no crime menos por maldade do que por falta de oportunidade na vida, são analfabetos ou não concluíram as primeiras quatro séries de estudo. No Brasil, 35.596 mulheres passaram o Dia da Mulher atrás das grades, e quase todas também por falta de chance no passado.

Centenas de milhares de mães passaram o 8 de março carregando filhos em fila de atendimento médico e sem dinheiro para os remédios. Muitas estiveram nesse dia na situação de viúvas de maridos vivos, distantes de casa, nem sempre por abandono, tão comum hoje em dia, mas porque estão tentando ganhar a vida onde surgem empregos.

Por tudo isso e outras diferenças, o dia 8 de março não deve ser visto como Dia da Mulher, mas como Dia das Mulheres, sem esquecer o que há em comum entre elas, nem esconder o muito que há de diferença, apesar da identidade de gênero.

Cristovam Buarque é professor da UnB e senador pelo PDT-DF.

Palavra do Leitor

Extracurriculares

Sobre os cursos extracurriculares, o prefeito Luiz Marinho, de São Bernardo, não faz e não deixa fazer. Uma vergonha acabar com algo que já tem 27 anos e beneficia a população da cidade. Se vai tirar, ponha algo melhor em troca. É a cara do PT.

Alberto Carneiro de Araújo

São Caetano

Vai cair!

O muro de obra de mais de sete metros de altura, na esquina das ruas Independência e Eduardo Monteiro, no Jardim Bela Vista, em Santo André, está com perigo de queda. Na obra não existe sinalização nem placa de responsável. No local existe grande fluxo de pedestres.

José Euripedes. C. Candeira

Santo André

Jornalistas

Sou assinante e leitor deste Diário há mais de 30 anos, e pronuncio-me elogiando os jornalistas pelas reportagens diversificadas, constantemente esclarecendo tudo que acontece na nossa região, proporcionando alto grau de cultura ao leitor. Conclamo a todos os moradores do Grande ABC a lerem o jornal. Não posso deixar de destacar o trabalho do jornalista Ademir Medici, historiando a vida de várias famílias, moradores antigos, que contribuíram para o progresso e o desenvolvimento da nossa região. Parabéns, jornalistas! Continuem desenvolvendo a cultura do povo das nossas cidades.

Luiz Alesina

Mauá

Barulho

Faço públicas minhas reclamações junto à Prefeitura quanto à promoção de show ao vivo pelo restaurante São Francisco, no bairro Demarchi, em São Bernardo, em que o show se estende pelas madrugadas e o som se propaga pela vizinhança. Morador distante uns 200 metros, senti-me novamente perturbado até após a finalização do show, à 1h40 de domingo. Efetuei reclamações na Prefeitura em eventos anteriores - não me foram respondidas - e, pela continuidade, a fiscalização não foi feita ou não surtiu efeito. O artigo 376 do Código de Posturas obriga o estabelecimento a prover instalações acústicas adequadas de modo a não perturbar o sossego público. Outros cidadãos como eu, que tem de acordar cedo para trabalhar aos fins de semana, e que trata diretamente com determinado ou variado público, têm de ter predisposição; noite mal dormida, além de afetar a saúde, pode resultar em má qualidade na prestação de serviço e, assim, transpor o dano às outras pessoas.

José Lenes Sousa Santos

São Bernardo

Mesmo saco

É, presidente Dilma, enquanto a senhora está com tudo, nós estamos cada vez mais ‘chafurdando no lixo' da miséria deste País. Enquanto ouvir os conselhos de Lula, e as indicações dele, estaremos de mal a pior. Coitado do País que é liderado por duas cabeças, nunca dá certo! Trinta e nove ministérios, tudo com comandantes incompetentes, fichas sujas, corruptos declarados e ainda a senhora sobe no palanque com eles e os enobrece. Lula fala que Collor, com a prática da corrupção, fez e jogou o sonho de milhões e milhões de brasileiros por terra. E Lula, o que fez? Nunca houve na história deste País tanto petista corrupto. Estão aí Lindbergh Farias no Rio, já com ficha suja; e Luiz Marinho, em São Bernardo, dando desfalque de tantos e tantos milhões de reais. Quanto ao PSDB, não entendo, pois está votando com vocês, traindo-nos.

Nilzete Oliveira

São Caetano

Dúvidas

O Ibope da presidente da República, Dilma Rousseff, sobe, à medida em que temos PIBinho, inflação etc. Será? Inflação em alta, PIBinho em baixa, então já começaram as tais pesquisas. Dá para acreditar?

Tania Tavares

Capital




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