Lula fez a afirmação quando lhe perguntaram se havia discutido a crise venezuelana nos muitos contatos que fez durante o Fórum Econômico Mundial. Na verdade, a comparação entre Lula e Chávez não foi feita por praticamente ninguém em Davos, com a exceção do economista venezuelano Ricardo Hausmann, da Universidade de Harvard.
Hausmann insistiu na tese de que o posicionamento de Lula em relação à crise na Venezuela está criando no mercado financeiro uma associação entre o presidente brasileiro e Hugo Chávez. “A associação tão íntima que Lula teve com Chávez no fim de dezembro e início de janeiro surpreendeu o mercado internacional, e não convém ao Brasil.”
Ele disse ainda que o próprio presidente venezuelano teria vivido, no início do seu mandato presidencial, uma lua-de-mel com os mercados, com promessas de políticas econômicas consistentes e com a nomeação de pessoas responsáveis para o Ministério das Finanças e para o Banco Central do país.
Lula ainda explicou: “O nosso interesse pela Venezuela não é pelo Chávez, não é pela oposição, mas pela própria Venezuela, onde temos interesses, além dos interesses geopolíticos”. Para Lula, a saída para a crise venezuelana exige “um pacto de estabilidade” entre as forças políticas.
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