O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, garantiu nesta segunda-feira que o governo vai manter o reajuste da tabela de pagamentos do SUS (Sistema Único de Saúde), mesmo com a extinção da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), imposto ‘derrubado’ pelo Congresso Nacional e que deixará de existir a partir de 1
o de janeiro de 2008.
Após se reunir com parlamentares nesta segunda, Bernardo revelou que o Orçamento da Saúde para o próximo ano caiu quase pela metade com o fim do chamado ‘imposto do cheque’. A área perdeu cerca de R$ 22 bilhões.
“A primeira coisa é que nós temos que refazer todo o Orçamento da Saúde. Nós não temos como deixar de fazer isso, até porque é uma área da qual todos nós sabemos a importância, por isso vamos ter que reconstituir todo o Orçamento”, afirmou.
O ministro informou que o governo trabalha por outros R$ 4 bilhões, previstos no ‘PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Saúde’, onde também estão incluídos R$ 2,5 bilhões para a correção da tabela do SUS. Ele lembrou que já houve um reajuste na tabela este ano, de R$ 1,4 bilhão, e os R$ 2,5 bilhões para o ano que vem serão mantidos.
Sem antecipar o que governo vai fazer para recompor o Orçamento da Saúde, o ministro afirmou que o tema vai ser discutido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima quarta-feira. Ainda nesta semana sairão as medidas que contemplam corte de gastos e aumento de arrecadação para resolver o buraco dos R$ 40 bilhões provocado com o fim da CPMF.
“Tudo o que pudermos diminuir nos gastos vamos fazer, e evidentemente o que puder aumentar nas receitas - sem esta coisa que o presidente já disse que não quer, como mandar outra proposta de CPMF ou coisa desse tipo - vamos fazer”, finalizou.