O presidente de honra do PP, o ex-prefeito e ex-governador Paulo Maluf convidou o prefeito interino de Mauá, Diniz Lopes (PL), a ingressar no partido e ainda colocou-se como interlocutor de reunião entre o liberal e o presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Severino Cavalcanti (PP-PE). Diniz, no entanto, disse que permanecerá no PL.

“O objetivo dessa minha visita ao prefeito Diniz e ao seu secretário de governo, Antonio Carlos de Lima, é sentimental. Eles são nossos amigos. Vim a Mauá identificar o que a cidade precisa e o que eu possa fazer como presidente de honra do PP, partido que hoje tem na presidência da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti. Posso ajudar Mauá nessas circunstâncias”, diz Maluf.

O ex-prefeito de São Paulo afirma que segunda-feira se encontrará com Severino e tentará marcar data para o encontro entre o presidente da Câmara e o prefeito interino.

Diniz afirma que se a audiência for confirmada solicitará ajuda do presidente da Câmara dos Deputados para conseguir liberação de mais verbas do governo federal para a área da saúde, uma das maiores preocupações da população de Mauá. “Sou um político pidão, pois sempre quero mais investimento para a cidade.”

Quanto ao convite para trocar de partido, Diniz não aceitou. “Não largo o Valdemar (Costa Neto) e ele não me larga”, brinca o prefeito, ao se referir à afinidade e amizade que tem com o presidente nacional do PL. Diniz é secretário nacional do PL e presidente do partido em Mauá.

Campanha – Maluf deu sinais claros de que começou sua campanha eleitoral no Grande ABC por Mauá. “Diria que política é vocação e como vocação está sempre em campanha. Não gosto de político que diz: ‘eu venho por quatro anos e depois desapareço’. Político tem de estar presente quando está no cargo e quando está fora do cargo. Então, sendo candidato ou não, estarei sempre presente para ajudar Mauá”, diz. Maluf confirma que em 2006 sairá candidato, mas ainda não decidiu a quê. “Decidir um ano antes é temeridade. Vou decidir, com certeza, em abril ou maio do ano que vem”.

Sexta-feira, o político deu sinais claros de estar em início de campanha. Depois do encontro com Diniz na Prefeitura, foi almoçar em um shopping da cidade. Depois, Diniz e Maluf fizeram caminhada pelo centro de compras.

Pecados – A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) foi alvo de críticas de Maluf. “A dona Marta quebrou a cidade. Não soube administrar com a eficácia que o cargo necessita”, dispara. E ao falar sobre a razão de ter apoiado a petista no segundo turno das eleições de 2004, contra o prefeito José Serra (PSDB), Maluf diz: “Para ela pagar os pecados. Foi exatamente isso.” Quanto ao governo de José Serra, acha que ainda é cedo analisar. “Sabe administrar, mas está com todas as dificuldades que eu disse na campanha eleitoral que teria se fosse eleito.”