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Processo contra Renan deve durar pelo menos mais 45 dias
Do Diário OnLine
05/07/2007 | 20:11
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O processo que corre no Conselho de Ética do Senado Federal contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve demorar pelo menos mais um mês e meio (45 dias) para ser concluído.

De acordo com o senador Renato Casagrande (PSB-ES), um dos três relatores do caso, este é o prazo necessário para que a perícia da PF (Polícia Federal) nos documentos de defesa apresentados por Renan seja concluída e um novo relatório seja elaborado e votado pelos parlamentares do Conselho.

Nesta quinta-feira, o presidente do Conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), se reuniu com Casagrande e Marisa Serrano (PSDB-MS) – outra relatora do caso – e ficou decidido que tanto Renan como o PSOL – partido autor do requerimento contra Renan – terão até a próxima terça-feira para apresentarem questionamentos à PF.

Como Renan Calheiros deve entregar ainda na próxima semana novos documentos de defesa à PF, o órgão deve concluir definitivamente sua análise sobre o processo apenas no início de agosto. Depois disso, começará a ser elaborado um novo relatório, que deve ser votado somente em setembro.

Inocência –
Renan reapareceu nesta quinta no Congresso Nacional e disse á imprensa que jamais deixou de ser inocente neste processo, pois nunca surgiu nenhuma prova definitiva contra ele na Casa.

Aos repórteres presentes em Brasília, ele mostrou um calhamaço de papéis que, segundo ele, comprovarão sua inocência. “Isso aqui vai mostrar que eu estou com a razão”, assinalou.

Análise -
O Conselho de Ética decidiu também nesta quinta fazer uma análise sobre a evolução patrimonial de Renan entre os anos de 2002 e 2006. Neste mesmo período, e com o objetivo de buscar uma ‘possível relação’, será realizado um levantamento sobre os processos licitatórios vencidos pela empreiteira Mendes Júnior.

Renan é acusado de utilizar os serviços do lobista Cláudio Gontijo para efetuar pagamentos à jornalista Mônica Veloso, com quem teve uma filha, fruto de um relacionamento extraconjugal. Detalhe: Gontijo trabalha para a Mendes Júnior – figura muito freqüente nos processos licitatórios do governo federal.

Depoimento – Marisa Serrano e Renato Casagrande tentaram definir ainda uma data para que Renan Calheiros fosse ao Conselho de Ética prestar esclarecimentos. No entanto, o caminho escolhido foi esperar a conclusão da perícia da PF para depois, em um segundo momento e somente se for realmente necessário, convocar o presidente do Senado.

“O fundamental para o processo de investigação é o documental, mas a presença de Renan e a resposta que ele pode dar também serão importantes”, analisou o senador do PSB do Espírito Santo.

Relatores – Almeida Lima (PMDB-SE), Marisa e Casagrande foram escolhidos relatores do 'caso Renan' na noite de quarta-feira. Almeida Lima foi uma escolha do PMDB, enquanto Casagrande foi a opção da base aliada do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Marisa Serrano, por sua vez, representará a oposição.




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